Boate Kiss


Marchezan quer audiência pública da Comissão Santa Maria em Porto Alegre

O deputado Nelson Marchezan Júnior (RS) protocolou nesta sexta-feira (3) requerimento na Comissão Externa Santa Maria para realização de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul reunindo convidados que ainda não foram ouvidos na comissão em Brasília. O objetivo é facilitar a participação dos envolvidos com o caso da boate Kiss, já que desde que os trabalhos iniciaram (30/01), dos nove convidados por Marchezan a irem à capital federal, apenas os delegados responsáveis pelo inquérito civil, Marcelo Arigony e Sandro Meinerz, estiveram na comissão, no dia 03 de abril. Os delegados ficaram mais de quatro horas respondendo questionamentos dos deputados.

Deste o dia 26 de março a comissão tenta agendar o comparecimento do secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels, do comandante geral do Corpo de Bombeiros , Coronel Guido Pedroso Melo, do promotor que assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a  Kiss, Ricardo Lozza, e dos engenheiros responsáveis pelo projeto de isolamento acústico da casa noturna, Miguel Angelo Pedroso e Samir Frazzon, e não consegue. O prefeito Cezar Schirmer está agendado para o dia 15 de maio. Além dos delegados e de Schirmer, Jader Marques, advogado de defesa de um dos donos da boate,  está à disposição da comissão desde o dia 2 de abril, data em que teve audiência marcada, mas não pode comparecer devido a um contratempo. Desde então, uma nova data para participação do advogado ainda não foi agendada pela comissão.  Para Marchezan, se os trabalhos  seguirem apresentando entraves e procrastinações, o grupo corre o risco de se tornar uma comissão midiática, sem nenhum efeito prático.

O deputado acredita que através das autoridades convidadas seja possível esclarecer alguns pontos da investigação. “O Ministério Público, por exemplo, firmou o TAC com a boate. Mas ninguém ouviu o MP. Esse documento foi decisivo para a execução do projeto de  isolamento acústico, que resultou na aplicação da espuma tóxica cuja inalação da fumaça resultante de sua combustão foi identificada como a principal causa da morte dos mais de 240 jovens”, expõe. Marchezan observa ainda que  outro fator que não ganhou nenhum desdobramento maior, muito embora o próprio inquérito aponte que o sistema é "falho e incompleto", foi a utilização, por parte dos Bombeiros, do Sistema Integrado de Gestão de Prevenção de Incêndios (SigPI), software usado para conceder 121 mil alvarás de incêndio  no Estado, incluindo o da Kiss.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

Compartilhe:
3 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *