Desenvolvimento


Riquezas do Pará devem ser usadas em prol da população local, cobra Wandenkolk

Usar as riquezas naturais do estado para gerar emprego, renda e bem estar ao povo paraense. Na avaliação do deputado Wandenkolk Gonçalves (PA), esta é a diretriz que deve ser seguida em prol do desenvolvimento do Pará. Entre outros aspectos, o tucano defende políticas de interiorização de serviços públicos, mais atenção com regiões historicamente abandonadas pelo governo federal e a verticalização das matérias primas extraídas e produzidas no estado.

Como destaca Wandenkolk, o Pará passou por diversos ciclos de exploração de riquezas naturais, mas a população não foi beneficiada como deveria. “Agora chegou o ciclo do minério. Estamos buscando a possibilidade concreta da verticalização mineral em solo paraense. É a chance que temos de usufruir não só das belezas, mas também das riquezas naturais. O material bruto tem que ser transformado em produtos de consumo ainda no Pará, pois assim a população local poderá ser beneficiada”, explica.

O deputado lembra que o Pará é o 2º maior produtor de cacau do país. No entanto, o estado não possui sequer uma fábrica de chocolate. É o claro exemplo da ausência da verticalização defendida pelo parlamentar. No que diz respeito à agricultura, o tucano também exalta a importância do extensionista rural – profissional técnico que oriente produtores e agricultores familiares – em prol do desenvolvimento local.

“Essa vocação e potencialização do estado tem que ser transformada em riqueza para o povo paraense”, reitera. Segundo ele, os grandes projetos que se instalaram na região não foram acompanhados de políticas públicas compensatórias para a população. É o caso da construção de hidrelétricas e rodovias.

Hidrovia fundamental

Wandenkolk cobra mais atenção com a região sul e sudeste do Pará, onde, segundo ele, grandes empresas têm usufruído das riquezas naturais, mas a população local não colhe os benefícios disso.  A conclusão de importantes obras nessas áreas preocupa o deputado. Tocado pela Vale, um empreendimento fundamental para a construção da primeira siderúrgica de grande porte do Pará está parada desde 2011. Trata-se do derrocamento do Pedral do Lourenço, ou seja, o aprofundamento de um trecho do Rio Tocantins perto de Itupiranga, cidade natal de Wandenkolk, onde a passagem de grandes navios de carga é impossível atualmente.

“Temos um gargalo nacional na questão do escoamento de nossa produção e essa hidrovia vai desafogar o tráfego que existe hoje lá no Paraná, pelo porto de Paranaguá. Poderemos fazer a produção chegar, por essa hidrovia, até Barcarena ou Santarém, que é o caminho mais curto para se chegar a Europa , no qual se reduz até 30% o valor do frete”, destacou, ao cobrar providências do governo federal em relação à obra.

Wandenkolk atribui as principais conquistas do povo paraense nos últimos anos às gestões tucanas à frente do governo do Pará – algo bem diferente do descaso da gestões de Lula e Dilma,  período em que o Planalto fechou os olhos de vez para o estado. Segundo ele, até mesmo durante os quatro anos em que o PT governou o estado nada foi feito pela região. Pelo contrário: ele classificou a gestão da petista Ana Júlia Carepa de “desastrosa”. Para ele, há certa discriminação na hora da distribuição de recursos federais aos estados da região Norte.

“As obras e conquistas que tem hoje no estado passaram pelo governo do PSDB. Com a gestão da petista Ana Júlia a administração estadual virou um desastre. Ela deixou o estado numa situação falimentar. Acabaram com a autoestima do povo”, reprovou.

Sob o comando do tucano Simão Jatene desde 2011, o estado voltou a ter suas contas em dia, afirma o deputado. “O maior projeto dos tucanos no Pará não é só a gestão pública, que já é uma marca da legenda, ou mesmo a construção de escolas e hospitais, mas a recuperação da autoestima do povo, perdida durante a gestão petista”, resumiu. O parlamentar cobrou um plano de desenvolvimento integrado para a Amazônia e afirmou que o governo federal trata a região de forma diferente na hora de distribuir recursos.

Deputado destaca atuação na Comissão de Minas e Energia

Wandenkolk destaca sua atuação na Comissão de Minas e Energia em busca de benefícios para os estados mineradores, como o Pará. No ano passado, o tucano presidiu comissão especial que tratou da aposentadoria de garimpeiros. Neste ano, participa da subcomissão que trata do Marco Regulatório da Mineração, comandada pelo presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).

 “O Pará não é só uma grande fronteira agrícola, mas sobretudo uma grande província mineral. Temos que usufruir dessa riqueza. Na comissão vou ter condições de ajudar não só o Pará, mas todos os estados mineradores”, explicou.

Uma de suas propostas é a de distribuição equilibrada do ouro, que está sendo retirado da lavra mecanizada em Serra Pelada, para que os benefícios se estendam àqueles que participaram historicamente do processo de exploração mineral da região, como os garimpeiros.

Para esses trabalhadores, a comissão especial presidida pelo tucano aprovou por unanimidade o direito à aposentadoria. A matéria ainda não foi colocada em votação no plenário da Câmara, mas tem o compromisso do PSDB, que tem defendido junto à Presidência da Casa a sua inclusão entre os itens a serem apreciados. “Trata-se de uma correção da injustiça feita aos garimpeiros do país”, destaca o tucano.

Tucano garantiu mais recursos para Pesca, Agricultura e Reforma Agrária

Indicado pelo PSDB para ser relator setorial da Pesca, Agricultura e Reforma Agrária na Comissão de Orçamento no ano passado, o deputado Wandenkolk destaca que conseguiu aumentar significativamente os recursos previstos para esses setores em 2013. “Algo bom para o Pará e para o Brasil”, afirmou. Para o Ministério da Pesca, por exemplo, o valor obtido foi quase o triplo da proposta original.

O tucano lembra que seu estado é o maior produtor de pescado do país e possui a maior área de assentamentos do Brasil. Com mais verbas para os setores, toda a população paraense será beneficiada. “Temos 37% dos assentamentos e não temos sequer 5% dos recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Esse ano conseguimos avançar, inclusive na agricultura, com mais recursos para a Seplac, Emater, Embrapa e outros órgãos federais sediados no nosso estado”, destacou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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12 abril, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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