Economia
Tucanos criticam timidez do governo Dilma no combate à inflação
O que já era sentido pelos brasileiros no bolso acabou se confirmando nas estatísticas, com a divulgação nesta quarta-feira (10), pelo IBGE, dos indicadores de inflação. O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses estourou o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, chegando a 6,59%, ou seja, acima dos 6,5% definidos como limite. Parlamentares tucanos criticaram a condução da economia do país e as medidas apenas pontuais adotadas pelo Planalto para conter a alta dos preços, que prejudica, sobretudo, a população mais carente.
O deputado Domingos Sávio (MG) afirma que a gestão petista é caracterizada pela corrupção, incompetência e mentira. "Com a inflação o governo segue um caminho preocupante: passa a ideia de que está tudo bem, que está tudo sob controle, mas não está. A dona de casa quando vai ao supermercado sabe que as coisas não vão bem, pois os preços estão só subindo”, aponta Sávio, ao ressaltar que o preço dos alimentos mais uma vez foi o principal vilão da inflação nas alturas.
As fórmulas adotadas pelo Planalto para conter os preços são consideradas insuficientes e temerárias pelos tucanos, como as desonerações de IPI restritas a segmentos específicos da economia. “Falta ao país estratégia para o crescimento. Essa utilização de instrumentos de microeconomia, como a desoneração pontual de determinados setores para cuidar da questão macroeconômica, como a questão inflacionária, tem se mostrado extremamente ineficiente”, analisou o senador Aécio Neves (MG). “Estamos vivendo uma equação extremamente perversa. Inflação saindo do controle, crescimento extremamente baixo e ineficiência do governo nas obras”, alertou o tucano.
Para o deputado Alfredo Kaefer (PR), o Executivo tem atuação muito fraca na área econômica: inflação, dólar, câmbio e aquecimento do mercado. “Em toda a politica macroeconômica, o governo está perdido. Adota um modelo dirigista, que acode aqui e acolá e não surte efeito”, afirma.
O parlamentar avalia que a presidente Dilma precisa ter a coragem de tomar medidas mais ortodoxas na economia. “Quando tinha uma folga na arrecadação, o governo poderia ter baixado os juros e a taxa básica (Selic) para um patamar menor. Agora, o que deve fazer é controlar a taxa de juro essencial para segurar a demanda, e usar os mecanismos macro que o Banco Central e o Ministério da Fazenda têm à disposição”, completa. O BC estuda a possibilidade de subir a taxa básica de juros diante da alta da inflação.
Alimentos em alta
151,4%
foi a alta da farinha de mandioca nos últimos 12 meses. No mesmo período, outros alimentos também registraram elevação significativa de preços, como tomate (122,1%), cebola (76,5%) e alho (53,1%).
(Da redação com informações do site do PSDB/ Charge: Fernando Cabral/ Áudio: Elyvio Blower)
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