Fim da crueldade


Ricardo Tripoli propõe legislação única para abate humanitário de animais de produção

O deputado Ricardo Tripoli (SP) defendeu nesta terça-feira (9) a criação de uma legislação única para acabar com a crueldade a que os animais de produção são submetidos em abatedouros do Brasil. O parlamentar participou de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente na Câmara, com a presença de técnicos dos ministérios da Agricultura e Saúde, do Ibama, da Confederação Nacional dos Municípios e das ONGs Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) e Amigos da Terra. 
 
Para o tucano, é preciso estabelecer normas para evitar que os animais sejam mortos com golpes de marretas ou com tiros de espingardas em um ambiente insalubre. O parlamentar propôs o abate humanitário em todos os municípios e estados.
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“Nós não podemos mais conceber esse tipo de atividade em todo o país”, disse. “É preciso que o Brasil tenha uma legislação específica, única e não dividida entre municípios, estados e União, porque aí fica um jogo de empurra-empurra e com isso a gente não tem como fiscalizar de forma clara e lúcida”, acrescentou o deputado que solicitou a realização do debate.
 
Segundo as ONGs que participaram da audiência, hoje são abatidos 5 bilhões de animais de produção por ano no país. Entretanto, apenas 5 mil profissionais estão capacitados para o abate humanitário, ou seja, sem que o animal sinta dor.
 
O tucano criticou a falta de fiscalização e de higiene nos abatedouros. “Nós temos um problema crítico no Brasil. Inclusive de saúde pública. Várias doenças que o Brasil tenta minimizar estão ocorrendo por meio desses abatedouros clandestinos”, afirmou.
 
De acordo com dados expostos na audiência, 30% da carne brasileira é produzida sem fiscalização. Isso pode provocar uma série de doenças que podem matar, como a cisticercose, tuberculose, botulismo e toxoplasmose. A inspeção da carne é feita em apenas 17% dos municípios brasileiros.
 
Tripoli informou que vai ao Senado nesta quarta-feira (10) propor a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para analisar o caso da crueldade em abatedouros no país, a falta de fiscalização e de higiene com a carne.
 
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola /Áudio: Elyvio Blower) 
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9 abril, 2013 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Fim da crueldade”

  1. PAULA disse:

    O CORRETO SERIA O SER HUMANO NÃO SE ALIMENTAR DE CARNE, MAS COMO ISSO É IMPOSSÍVEL DE ACONTECER UM DIA DE FORMA UNANIME, JÁ SERIA UM COMEÇO REDUZIR O SOFRIMENTO DESSES POBRES SERES, SEMPRE A MERCÊ DA MALDADE HUMANA,PARABÉNS RICARDO TRIPOLI !

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