Debate necessário


Izalci destaca ampliação do programa de acesso ao ensino técnico

A Comissão Mista criada para analisar a Medida Provisória 593/12, que amplia a lista de beneficiários e ofertantes de bolsa-formação de estudante do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), realizou audiência pública nesta terça-feira (19) para debater o tema. Antes da proposta, apenas estudantes de ensino médio de escolas públicas podiam garantir o benefício. Agora, o acesso aos cursos técnicos vai incluir alunos da rede particular.

Presidente da comissão, o deputado Izalci (DF) ressaltou a importância de ampliar o programa para a valorização da educação profissional no país. De acordo com o tucano, o acesso a esse tipo de iniciativa melhora o desempenho dos alunos. O parlamentar destacou ainda a importância de incentivar investimentos em educação. 

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“No Brasil, o mercado necessita de profissionais capacitados. Não temos essa cultura. No Japão, por exemplo, mais de 50% dos alunos do ensino médio fazem curso profissionalizante. No Brasil, apenas 6,6% optam pela educação profissional. Ou seja, estamos na contramão dos países desenvolvidos”, ressaltou.

De acordo com dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), só o setor precisa de 7 milhões e 200 mil alunos formados. “Estamos engatinhando ainda em relação a isso”, disse o tucano. Por isso, ele reitera a importância da MP que vai ampliar a oferta não só de faculdades e escolas, mas também da bolsa-estudante para jovens sem condições financeiras.

O parlamentar espera que a medida possa corrigir distorções do ensino técnico. De acordo com Izalci, o ingresso de novas instituições no Pronatec deve dar mais qualidade ao programa. “Espero que o governo entenda e acate as sugestões, principalmente no sentido de incentivar as empresas a investir nos seus funcionários, porque no Brasil todos que investem em educação são penalizados em vez de incentivados”, concluiu.

A audiência reuniu parlamentares e representantes do Ministério da Educação, Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Educação (Consed), Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABEMS), Serviço Social do Transporte (Sest/Senat), Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) e Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

A CNI e o Senai consideram que a educação profissional é o caminho para a competitividade dos países e da indústria brasileira. O desafio é ofertar 4 milhões de matrículas até 2014.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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19 março, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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