Violação de direitos humanos

João Campos pede aprovação de moção de repúdio ao comportamento homofóbico do presidente da Venezuela

O deputado João Campos (GO) apresentou nessa quarta-feira (13) à Comissão de Direitos Humanos e Minorias moção de repúdio ao comportamento homofóbico do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em discurso de campanha contra o candidato da oposição, Henrique Capriles.

Durante discurso no começo do mês a uma multidão que acompanhou a inscrição de sua candidatura, o presidente interino insinuou que o opositor fosse gay. “Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres”, provocou Maduro. Em seguida, beijou a “companheira esposa”, que estava no palanque, onde se encontravam também seus filhos e netos. Capriles, 40 anos, é solteiro. Em 2012, Maduro já o havia chamado de “maricón” e agora se refere a ele como “senhorito”.

Na visão do parlamentar, a postura é inadequada, homofóbica e viola os direitos humanos. “A postura do candidato chavista à presidência não pode passar  despercebida. É uma atitude que deve ter repúdio não só da comissão, mas de todos os órgãos de direitos humanos do mundo”, ressaltou. 

Segundo o tucano, a Comissão de Direitos Humanos de qualquer país deve ter um enfoque mais abrangente, não apenas dentro de um viés ideológico. Dentro desse novo enfoque, completou, o conceito de direitos humanos deve ser universal e compreender os direitos das pessoas em qualquer lugar. “Com essa nova concepção, o colegiado na Câmara não pode deixar de se manifestar em relação a atitudes que violam esses direitos em outros países.”

De acordo com Campos, os direitos humanos não podem atender a visão de um determinado partido ou minoria. “O PT no Brasil tem uma postura, mas será que terá a mesma postura de defesa de direitos humanos na Venezuela? Vamos verificar se a postura não é hipócrita ou se o PT será coerente em relação ao que estamos propondo”, concluiu.

Requerimento – MOÇÃO de REPÚDIO ao comportamento homofóbico de Maduro

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Alexssandro Loyola)