Pior resultado


Crescimento de apenas 0,9% do PIB confirma que medidas do governo federal não surtem efeito, alerta Pestana

O crescimento do PIB de apenas 0,9% em 2012 mostra os graves equívocos do governo Dilma e o fracasso do modelo de intervenção adotado pelo PT. A crítica foi feita pelo deputado Marcus Pestana (MG), após o resultado ser divulgado pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (1º). Foi o pior resultado desde 2009, quando o PIB registrou recuo de 0,3%.

No primeiro biênio no comando do país, a presidente alcançou o pior resultado para um início de gestão desde Fernando Collor de Mello (-1,66% entre 1990 e 1991). Na média, o Brasil da petista cresceu 1,8% ao ano entre 2011 e 2012. A média da América Latina foi de 3,8%; do Chile, de 5,4%; do Peru, de 6,5%; e da Colômbia, de 5,1%, O Brasil só ganha do Paraguai, cuja média foi 1,4%, conforme mostrou o Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Play

“Chama atenção o Brasil ficar quase em último lugar entre os países da América Latina, o que mostra que o nosso modelo de desenvolvimento chegou ao limite”, apontou Pestana, ao cobrar mudanças nas medidas adotadas pelo PT. O parlamentar criticou o governo por deixar de fazer as reformas necessárias e não continuar o processo de modernização da economia brasileira, o que leva ao baixo crescimento e inibe o horizonte das novas gerações.

Conforme lembrou o deputado, nos últimos anos o Brasil tem enfrentado um grave problema que se materializa no baixo crescimento. “Menos de 1%. É um resultado que, somado com o primeiro ano do governo Dilma e com a projeção para 2013, nos coloca nos últimos lugares em termos de desenvolvimento, o que afetará a médio e longo prazo o emprego e a renda no país”, disse.

O governo estimava um crescimento de 4,5% para 2012. Vendo a dificuldade, foram diminuindo esse número ao decorrer do ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega,  chegou a chamar de “piada” a estimativa do banco suíço de que o Brasil cresceria 1,5%. Na opinião do deputado, a maior autoridade da área econômica vem perdendo credibilidade projeções desastrosas.

“O ministro promete PIB de 3%, 4%, promete que a inflação vai convergir para a meta, e o que vemos são preços crescendo e a economia encurtando. A indústria está indo para o ralo sem poder de competição. Enquanto isso, o ministro faz afirmações que a realidade desmente de forma violenta. Que o ministro tenha mais cuidado ao fazer essas projeções”, acrescentou.

O IBGE mostrou que só o setor de serviços não caiu em 2012. A agropecuária recuou 2,3% e a indústria teve queda de 0,8%. De acordo com o IBGE, a taxa de investimentos, que já é pequena em comparação com os demais países emergentes, também caiu: fechou 2012 em 18,1% do PIB, contra 19,3% do ano anterior.

O deputado ressaltou ainda a necessidade de investir em educação de qualidade, treinamento profissional e em desenvolvimento científico e tecnológico para ajudar no crescimento do Brasil. “O modelo petista não está dando certo. E isso está evidenciado no PIBinho de 0,9%”, finalizou.

Pior resultado desde 2009

→ A economia brasileira fechou 2012 com um crescimento de 0,9%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6). O resultado – que ficou muito longe dos 4% esperados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final de 2011 – foi o pior desde 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) registrou recuo de 0,3%.

→ Em 2011, o avanço do PIB foi de 2,7%. No quarto trimestre de 2012, o índice variou 0,6%, segundo a pesquisa. Em valores correntes, a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 4,403 trilhões e o PIB per capita (por pessoa) somou R$ 22.402.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

 

Compartilhe:
1 março, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *