Falha gerencial


PIBinho é resultado dos desacertos da política econômica do governo federal

Mesmo com os bilionários pacotes de estímulo adotados pelo governo, a economia brasileira cresceu apenas 1,64% no ano passado. O resultado é o pior desde 2009. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br), usado como prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de apenas 0,26% em dezembro, menos da metade do 0,57% do mês anterior. Na avaliação de deputados do PSDB, o PIBinho reflete os erros do Planalto na área econômica, fundamental para o desenvolvimento do país.

O número oficial será divulgado em 1º de março pelo IBGE. Os economistas apostam que o resultado do PIB em 2012 será em torno de 1%. Os analistas também jogaram para baixo as estimativas de 2013. De acordo com reportagem do “Correio Braziliense”, a recuperação da atividade econômica será mais lenta que o desejado pela presidente Dilma Rousseff — a projeção oficial vai de 4% a 5%.

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“Esse PIBinho é fruto dos desacertos da política macroeconômica do governo”, resumiu o deputado Valdivino de Oliveira (GO), nesta quinta-feira (21). De acordo com o tucano, que é economista, a falta de investimento é a causa principal para o péssimo desempenho do PIB.

Segundo o parlamentar, o Executivo federal não tem estimulado os investimentos, tanto no setor público quanto no privado. “O governo tem sido muito lento nas obras do PAC. Além disso, temos uma taxa de câmbio desfavorável. Tudo isso leva a esse nível reduzido da atividade econômica”, declarou. “Os países com maiores taxas de crescimento investem em torno de 25% do PIB. O Brasil está investindo cerca de 18%. Então, estamos muito longe de ter expectativa de um bom crescimento na economia”, acrescentou.

Para Rodrigo de Castro (MG), “há uma falha gerencial gritante”. O parlamentar ressaltou que a indústria brasileira vem perdendo competitividade no mercado interno e externo. “Vivemos um processo de desindustrialização, graças aos equívocos do governo federal. As ações do governo são paliativas, não têm planejamento nem consistência”, resumiu o tucano.

O deputado enumerou problemas como a falta de investimento em infraestrutura, os entraves da burocracia para as empresas e a ausência de uma reforma tributária. “Todos eles somados culminam nessa situação”, destacou. “O governo tem que fazer as obras de infraestrutura caminharem, a reforma tributária, que está longe de ser concretizada, além, é claro, de adotar ações para diminuir a burocracia das empresas”, apontou.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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21 fevereiro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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