Bolso afetado


Alta no preço da cesta básica torna urgente necessidade de desoneração, dizem tucanos

A desoneração da cesta básica é uma medida urgente que já deveria ter sido tomada pelo governo. A avaliação foi feita pelos deputados Urzeni Rocha (RR) e Wandenkolk Gonçalves (PA) nesta quinta-feira (7) ao analisarem a alta dos preços de alimentos em praticamente todo o território nacional. Esses itens tiveram alta de 1,99% e foram os principais responsáveis pela maior inflação no mês de janeiro desde 2003. No período, o preço da cesta básica subiu em todas as 18 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Um motivo a mais, segundo os tucanos, para o governo cortar os tributos federais que incidem sobre os produtos.

“Os brasileiros começaram a sentir isso e nem precisa de instituto de pesquisa dizer nada, basta ir ao supermercado para ver que o aumento dos produtos da cesta está descontrolado”, afirmou Wandenkolk. O parlamentar do PSDB defende que o Congresso derrube o veto da presidente Dilma à proposta do deputado Bruno Araújo (PE) que desonera os itens da cesta. Além de beneficiar a população, a iniciativa seria uma forma de impedir que a presidente Dilma se aproprie da ideia, como tem tentado fazer. Apesar de ter barrado a emenda aprovada de forma unânime pelo Parlamento no ano passado, a petista decidiu que agora fará o corte dos impostos.

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“O impacto da inflação, se ela tivesse sancionado a proposta, diminuiria significativamente o gasto dos brasileiros. Mas só pensam nas eleições e nunca na população”, avaliou o parlamentar. Segundo o IBGE, a inflação teve em janeiro a maior variação desde abril de 2005, quando foi registrado 0,87%. O grupo alimentação teve um impacto de 0,48 ponto percentual no índice. Produtos in natura tiveram forte variação de preços: tomate (26,15%), batata-inglesa (20,58%) e cebola (14,25%).

Cálculos da LCA Consultores mostram que a retirada dos impostos federais sobre os produtos da cesta teria impacto direto de 0,3 ponto percentual no IPCA, índice que mede a inflação, podendo chegar a 0,44 ponto percentual, considerando os efeitos indiretos. Os tributos a serem cortados são basicamente PIS, Cofins e IPI, sendo que esse último recai somente sobre o açúcar.

Urzeni Rocha avalia que a renúncia fiscal por parte do governo será pequena diante do tamanho do beneficio para a sociedade. “Essa desoneração vai contribuir muito para diminuir custos, principalmente para as classes mais pobres, causando um reflexo importante no bolso dos consumidores”, disse.

O tucano afirma que a desoneração não pode demorar, pois ela abrange itens de primeira necessidade. “Vamos continuar cobrando porque, mesmo que o governo queira se apropriar da proposta, temos que mostrar que isso tem sido defendido pelo PSDB há muito tempo”, alertou.  O importante, segundo o deputado, é que o corte dos impostos aconteça o quanto antes.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Marcelo Camargo/ABr/ Áudio: Elyvio Blower)

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7 fevereiro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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