Ataques sem fundamento


Líder petista apela para mentiras e acusações infundadas contra o PSDB em nota

Depois de um pronunciamento omisso da presidente Dilma Rousseff em relação à realidade da redução das tarifas de energia, o PT resolveu apelar. O líder do partido na Câmara, José Guimarães (PT-CE) – o mesmo que teve um assessor preso com dólares na cueca no auge do escândalo do mensalão –, divulgou nota com uma série de ataques ao PSDB. O texto chega ao cúmulo de, entre outras mentiras, dizer que os tucanos foram contra o Bolsa Família, a redução de juros e o ProUni. O petista ainda tentou pregar a falsa ideia de que o PSDB não quis a redução das tarifas de energia, quando, na verdade, a legenda fez alertas para a forma como ela seria feita.

Vice-líderes tucanos, os deputados Nelson Marchezan Júnior (RS) e Antonio Imbassahy (BA) rebateram as acusações e lembraram os avanços conquistados pelo Brasil durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em contraponto, os problemas éticos e administrativos das gestões de Dilma e Lula colocam por terra os descalabros ditos por Guimarães.

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“Continuam usando as mesmas ferramentas da última década: a mentira como arma principal e o dinheiro público para manter essa mentira como se fosse verdade”, destacou Marchezan, ao ressaltar que falta vergonha por parte das lideranças petistas que costumam defender mensaleiros. Guimarães, por exemplo, é irmão de José Genoino, condenado a seis anos e 11 meses de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ser um dos cabeças do mensalão.

O tucano lembra que os bons momentos da economia brasileira só foram possíveis graças às realizações tucanas, como o Plano Real e o controle da inflação. “Quem combateu a inflação, organizou o sistema financeiro do país e construiu a rede de proteção na área social foi o governo do PSDB. O que o PT fez foi surfar nessa onda e nada de novo fez nesses dez anos”.

Segundo Marchezan, os petistas usaram a máquina pública para alocar companheiros, reuniram programas sociais tucanos em um só, aproveitaram o bom momento econômico fruto das inovações do PSDB e não promoveram nenhuma inovação.

“O PT usou os recursos públicos de uma forma enlouquecidamente partidária, marqueteira, eleitoreira e estamos vendo os reflexos agora em todos os setores nos quais ou implantou a sua política ou não fez nada por desconhecer o que deveria ser feito”.

Os parlamentares ressaltam que o legado do PT será o da estagnação. Nos dois primeiros anos de Dilma à frente do Planalto, a inflação voltou a assustar os brasileiros, o crescimento do país empacou, o “Pibinho” virou piada internacional, e as obras de infraestrutura ficaram paralisadas.

Imbassahy afirma que o Partido dos Trabalhadores se vê em meio a uma administração com resultados pífios, economia travada e os principais quadros envolvidos em escândalos de corrupção, além dos condenados pelo STF por envolvimento com o mensalão. “Tudo isso faz com que o partido acentue cada vez mais a prática do populismo e da demagogia”, disse.

Para o parlamentar, a nota do petista nem deve ser levada a sério. Como lembrou, enquanto Guimarães critica o PSDB, a própria presidente Dilma já fez afagos ao partido em reconhecimento ao legado deixado por FHC.

“A herança que o PSDB deixou ao país foi elogiada em carta dirigida pela própria presidente Dilma a Fernando Henrique. No texto eram ressaltados a gratidão e o reconhecimento pelos excelentes serviços prestados ao país. Portanto, em vez de agredir e usar de mentiras, o PT deveria corrigir os graves erros tanto na administração quanto no campo da ética”, disse.  

Pelo Twitter, o deputado Marcus Pestana (MG) também reagiu ao ataque petista. “Dólares na cueca nunca tivemos, propostas sempre”, afirmou, ao citar trecho da nota no qual Guimarães acusa o PSDB de não ter propostas para o país.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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25 janeiro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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