Realidade diferente da propaganda
Azeredo: na cadeia de rádio e TV, petista escondeu dificuldades do setor elétrico e riscos para o país
Mesmo com os constantes apagões no setor elétrico, a presidente Dilma Rousseff afirmou nessa quarta-feira (24), durante pronunciamento, que o país “vive uma situação segura na área de energia”. Ela anunciou a redução na conta de luz, mas esqueceu de falar sobre as consequências para a segurança do abastecimento e o bolso do contribuinte. Não bastassem as promessas descumpridas, agora a petista divulga um cenário muito distante da realidade.
Segundo o deputado Eduardo Azeredo (MG), a presidente escondeu o principal: as dificuldades que o país vive nessa área. De acordo com ele, Dilma deixou de lado os blecautes em várias regiões do país. Só em 2012, os apagões, somados, equivaleram a deixar o Brasil inteiro sem luz durante quase um dia.
Do ponto de vista político, Azeredo criticou o posicionamento da petista ao afirmar que o país venceu “o pessimismo e os pessimistas”. Para o deputado, ela foi injusta com a oposição, que votou a favor da redução na conta. A crítica do PSDB se deu pela forma atrapalhada com que o governo impôs sua vontade na MP 579, que trata da renovação das concessões de energia.
Parlamentares da base governista tentaram acusar o partido de ser contra a queda nas tarifas. No entanto, foi o PT que votou contra o destaque do PPS que pretendia excluir a cobrança de PIS/Cofins – tributos federais que incidem sobre as contas de luz. Com o fim desses impostos, seria possível reduzir em mais 5% o preço ao consumidor.
“Defendemos que as empresas tenham condições de fazer novas usinas, não sejam descapitalizadas. O problema é que a presidente fez uma promessa no meio da eleição sem ter dados concretos naquele momento”, disse o tucano. “Agora ela vai precisar de recursos do Tesouro. Ou seja, dinheiro que poderia ser usado em outras áreas será utilizado para subsidiar essa redução prometida no período eleitoral”, completou.
O governo federal omite informações em relação aos riscos que o Brasil corre, afirma Azeredo. “Existe uma proposta de unir o país, como a presidente colocou. Mas, para fazer isso, ela tem primeiro que respeitar o Congresso e ouvir a oposição para depois tomar as decisões.”
Ainda durante o discurso, a presidente afirmou que não há a possibilidade racionamento. O parlamentar não demonstrou surpresa com a declaração, já que a gestão petista vive de propaganda. Ela esqueceu também de citar que o consumidor terá de arcar com um novo custo na conta de luz: o risco hidrológico. O termo técnico indica um gasto extra que ocorre principalmente em épocas de seca, quando a produção das hidrelétricas diminui e a empresa é obrigada a comprar energia no mercado livre (cujos preços não são regulados) para honrar seus compromissos com os clientes. A informação é do jornal “Folha de S.Paulo”.
Em um dos trechos do pronunciamento, a petista afirmou que “no setor elétrico as perspectivas são as melhores possíveis. Com essa redução de tarifa, o Brasil, que já é uma potência energética, passa a viver uma situação 'ainda mais' especial no setor elétrico”. Ou seja, além da petista não ter mostrado o verdadeiro cenário, ainda deixou de passar informações sérias para a população.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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