Economia


Para líder do PSDB na Câmara, governo se mostra displicente no controle da inflação

A trajetória ascendente da inflação – que, pelo terceiro ano consecutivo, ficou acima do centro da meta de 4,5% – e a dificuldade do cumprimento da meta fiscal – que motivou o governo a buscar manobras contábeis para fechar as contas de 2012, são uma combinação extremamente preocupante para a economia do país, na opinião do líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE).

Segundo ele, o governo perdeu o foco no combate à inflação, já que nem considera mais o centro da meta. Araújo lembra que os 4,5% foram o percentual utilizado pelo governo como critério para reajustar a tabela do imposto de renda até 2014. À época da discussão do reajuste, em 2011, o PSDB defendeu 5,9%.

“O governo usou a meta de 4,5% para reajustar a tabela do imposto de renda, mas permitiu que a inflação ultrapassasse esse índice nos últimos três anos. Ou seja, o trabalhador brasileiro, sobretudo os de menor renda, é penalizado duplamente – ao pagar mais imposto de renda e pelo aumento no custo de vida”, disse.

De acordo com o líder do PSDB, “o governo se mostra incapaz de estimular a economia e de controlar a inflação. PIB em baixa e aumento de preços em alta são provas de que não há clareza nas ações e providências necessárias para garantir condições estruturais e sustentáveis de crescimento do país”.

De acordo com Araújo, esse cenário prejudica principalmente a população mais pobre. Ele lembra que a inflação pelo INPC, que mede o aumento de preços junto a famílias com até 6 salários mínimos, foi de 6,2% e que, para esses, os alimentos subiram 10,4%.

“A inflação afeta mais fortemente os que ganham menos. O controle da inflação é uma das mais eficazes medidas de erradicação da miséria e distribuição de renda, o que o governo parece desconhecer”, disse.

Inadimplência

Outro índice divulgado hoje e que, segundo o Líder do PSDB, comprova que o sinal amarelo para a economia está aceso, é o nível de inadimplência do consumidor brasileiro, que aumentou 15% em 2012.

“As causas apontadas para o aumento da inadimplência são o endividamento e o comprometimento da renda da população. Esse é resultado da principal política do governo, de tentar fazer a economia crescer por meio do estímulo ao consumo. Esse modelo já se esgotou, mas o governo se mostra incapaz de enxergar outro caminho.”

Araújo afirmou ainda que as manobras fiscais realizadas pelo governo para aumentar receitas e atingir a meta do superávit para 2012 demonstram que, além de não ter uma política econômica eficaz para fazer a economia crescer, o governo está acabando com a herança bendita das gestões do PSDB, que é a estabilidade da economia baseada no tripé – geração de superávits primários, cumprimento de metas de inflação e câmbio livre.

(Da Assessoria de Imprensa da Liderança do PSDB na Câmara/ Foto: Alexssandro Loyola)

 

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10 janeiro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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