Cenário alarmante


Nível dos reservatórios no Distrito Federal preocupa, afirma Izalci

O Distrito Federal ficou o equivalente a 11 dias sem luz em 2012. Foram 271,95 horas de interrupção no fornecimento energético, somando todas as regiões administrativas da capital, o que contabiliza uma média mensal de 27 horas sem energia. As informações, veiculadas pelo jornal Correio Braziliense, são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A situação tende a piorar por conta do baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas. Na usina de Queimados, com capacidade para gerar 105 megawatts (MW), somente uma das três turbinas está em funcionamento, o que representa apenas 35 MW gerados. Já em Corumbá IV, responsável pelo abastecimento de cerca de 15% da capital, a produção se limita a 45 MW, sendo que a capacidade total é de 129,6 MW por hora.

O quadro se repete no resto do país. O nível médio das águas já está em 28%, quase o mesmo observado durante o racionamento de 2001. Para o deputado federal Izalci (DF), a questão chegou a um nível alarmante. “É uma situação que nos deixa muito preocupados. Tanto pela falta de gestão, quanto pela incompetência. Há muito tempo não se faz investimentos no setor e o nível das reservas está baixíssimo”, avalia.

O tucano critica a gestão da Companhia Energética de Brasília (CEB) e do governador Agnelo Queiroz (PT-DF). “Vemos uma incompetência total. Vários equipamentos encaixotados por falta de licença ambiental. Não há integração entre os setores. Governo e a CEB fazem investimentos altíssimos em máquinas que não podem ser utilizadas, o que causa um prejuízo de mais de 55 milhões por mês. Enquanto isso, a capital, que deveria ser referência hoje está um caos, na saúde, na segurança”, lamenta.

Izalci questiona o posicionamento açodado da presidente Dilma, que nega veementemente a possibilidade de um racionamento mesmo frente a fatos incontestáveis. “Essa negativa é para deixar a população mais tranquila, mas é muito claro o estado de alerta do sistema energético”, ressalta. O parlamentar também lembra da promessa da presidente de reduzir as tarifas da conta de luz em 20% nesse ano, o que não poderá ser feito inicialmente por conta do gasto elevado para a manutenção das usinas termoelétricas, usadas em casos emergenciais. “O governo dá desconto com uma mão e tira com a outra, e o custo acaba sendo repassado ao consumidor. Estão bancando o prometido com recursos do tesouro, sendo que o processo de diminuição tarifária ainda nem começou. Com a presidente impondo contratos, o país deixa de ter investimentos, perdendo credibilidade no mercado internacional e gerando falta de segurança jurídica”, observa.

Para ele, o atual panorama do sistema energético interfere na economia, causando o sucateamento de estatais como Eletrobras e Petrobras, que vêm sofrendo expressivas quedas em seus valores de mercado. “Não pode chover que falta energia. Isso porque o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2012 não foi quase nada. Imagina se a indústria tivesse tido um desempenho bom, condizente com o esperado? Já estaríamos vivendo um racionamento, tudo por falta de planejamento e boa gestão”, indaga.

(Da assessoria do PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)

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9 janeiro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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