Cronologia da má gestão
Desempenho pífio da economia e promessas descumpridas fecham 2º ano do governo Dilma
Um futuro que nunca chega. Essa é a sensação ao comparar as promessas feitas pela presidente Dilma e a realidade. Dois exemplos mostram o abismo entre as palavras da petista e o que ela entrega aos brasileiros. Em dezembro ela prometeu “pibão grandão” em 2013, mas 2012 chega ao fim com desempenho medíocre da economia brasileira, cujo crescimento não deve passar de 1%.
Tão pífio quanto é o descumprimento da promessa de campanha de construir 6 mil creches no seu governo. Até agora não entregou nem dez. Apagões, demagogia no anúncio da redução das contas de energia, revelações sobre a atuação do esquema montado no escritório da Presidência em São Paulo. Dia após dia dezembro mostra que a gestão petista deixa muito a desejar. Enquanto isso, a presidente vive seu mundo paralelo, ao acreditar, por exemplo, que não há crise de energia e o seu governo está aumentando investimentos, como afirmou em café da manhã com jornalistas no dia 28.
Confira abaixo os principais fatos do último mês de 2012.
Dá-lhe, PIBinho: junho de 2012. Guido Mantega, ministro da Fazenda, é questionado sobre a projeção do Banco Credit Suisse de que a economia brasileira cresceria 1,5% neste ano. “Piada”, rechaçou o ministro de bate pronto. Péssimo para fazer previsões, Mantega foi derrotado pelos fatos: as mais recentes estimativas de crescimento do PIB apontam para um cenário ainda pior: em torno de 1%. No início do ano o ministro falava em 4%.
Sua chefe, a presidente Dilma, prometeu um “pibão grandão” em 2013, mas até agora só entregou pibinhos à população. “O governo continua longe de formular políticas amplas, articuladas e de longo alcance para aumentar a eficiência nacional e permitir um crescimento mais firme por vários anos”, afirmou o jornal “O Estado de S. Paulo” em editorial. O desempenho pífio do PIB brasileiro levou publicações renomadas no exterior, como a “The Economist” e a “Financial Times”, a criticar o governo Dilma. A revista britânica inclusive defendeu a demissão do ministro da Fazenda.
Creches só no papel: o descumprimento de uma das principais promessas feitas por Dilma durante a campanha à Presidência, em 2010, retrata o descaso com a educação e o bem-estar das famílias brasileiras, sobretudo as mais carentes. Das seis mil creches prometidas pela petista, apenas sete unidades estão prontas. Ou seja, metade do mandato passou e menos de 1% da meta foi cumprida.
Os dados foram obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo” em pesquisa feita nos ministérios. De dez áreas levantadas, a educação foi a que apresentou a maior diferença entre o prometido e o cumprido. Apenas 11,4% das promessas da presidente para o setor foram colocadas em prática até agora. No Ministério das Cidades o quadro não é muito diferente: nem 17% das metas saíram do papel.
País corre o risco de mais apagões: os recorrentes apagões no país evidenciam a falta de gestão, de planejamento e de investimentos do governo federal no setor elétrico, apesar da ilusão da presidente de que não há crise no setor. Em 15/12 pelo menos 2,7 milhões de pessoas de oito estados ficaram novamente sem luz. Foi a sexta vez que o país ficou às escuras desde setembro.
O polêmico marco regulatório idealizado pela petista para o país pode atrapalhar ainda mais os já combalidos investimentos para manter a qualidade dos serviços. Em dezembro o Planalto impôs seu modelo sem negociar com os atores envolvidos. Veículos importantes como a revista “Veja” e o jornal “Folha de S.Paulo” criticaram o caráter populista e a irresponsabilidade fiscal da proposta.
Redução das contas de luz: PT mostra sua verdadeira face: a reta final da votação da Medida Provisória 579/12, que trata das concessões de energia elétrica e diminui encargos do setor, mostrou a demagogia e a verdadeira face do PT em relação a este assunto. A legenda da presidente Dilma não quis aprovar a isenção de PIS/Pasep e Cofins da conta de luz, medida que traria economia de 5% para o consumidor. E depois o Partido dos Trabalhadores tenta vender para a sociedade que o PSDB é contra a redução das tarifas de energia, apesar de governos estaduais tucanos como os de SP, MG e PR darem isenção do ICMS na conta de luz das famílias mais pobres.
Envolvidos no “Rosegate” são blindados: o Planalto articulou sua base no Congresso para impedir a convocação de envolvidos no “Rosegate”, escândalo revelado a partir da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Entre os protegidos pelo governo Dilma estão o ministro Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), dirigentes de agências reguladoras e a própria Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. No dia 4 o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, participou de audiência na Câmara e negou a existência de esquema na Presidência. A tese foi rechaçada por tucanos, que também questionaram o porquê de Rose não ter sido investigada pela PF.
Corrupção é o que não falta no governo: a declaração da presidente Dilma ao jornal francês “Le Monde” de que não tolera a corrupção não corresponde à realidade, como esta cronologia da má gestão vem mostrando mês após mês. Para derrubar a tese da petista basta lembrar que a maioria das demissões de ministros da equipe dela foi motivada por suspeitas de corrupção e denúncias até hoje não esclarecidas. A única punição para os exonerados foi a perda do cargo. O troca-troca e a exoneração de ministros estão entre os fatos que marcaram a atual gestão desde que ela assumiu o Palácio do Planalto, em 2011.
Qualidade da telefonia não avança: durante audiência no dia 11/12 na Comissão de Ciência e Tecnologia, o presidente da Anatel, João Rezende, reconheceu as falhas dos serviços prestados pelas operadoras de celular e afirmou que nos últimos meses não houve melhora na qualidade. À frente da comissão, o PSDB reprovou a lentidão da agência reguladora para cobrar das companhias a melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Privatização tardia: com atraso de anos, o governo avança lentamente na privatização de aeroportos. Em dezembro Dilma anunciou as concessões dos terminais do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais. Para deputados tucanos, a gestão petista se rendeu de vez às privatizações defendidas há anos pelo PSDB. Mas a resistência petista motivada por mera ideologia custou muito caro ao país, que perdeu dez anos até optar pelo caminho exitoso das privatizações.
(Da redação/ Charges: Fernando Cabral – PSDB)
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