Péssimo desempenho

Para Feldman, promessa da presidente Dilma de “pibão” em 2013 é irreal

A afirmação da presidente Dilma Rousseff de que "quer um pibão grandão" para 2013 vai ficar só na promessa, na avaliação do deputado Walter Feldman (SP). Segundo a estimativa do Banco Central, o PIB deste ano será de 1%. A previsão é ainda menor que a anterior, de 1,6%, patamar considerado uma “piada” pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ano de 2012 termina com a economia exibindo seu pior desempenho desde a recessão de 2009. “O pibão é mais uma das promessas desse governo que não se sustenta, como todas as outras não ocorridas durante os dois primeiros anos dessa gestão”, resumiu o tucano nesta sexta-feira (21).

De acordo com o parlamentar, a declaração da presidente não tem respaldo na realidade. O pibinho é um exemplo disso. “A presidente não consegue realizar a sua missão, que é manter uma boa economia e fazer um governo transparente”, destacou. O deputado reprovou as medidas pontuais adotadas pelo Executivo federal para estimular a economia. “O governo Dilma terá a marca da recessão. Eles não têm capacidade de intervenção do ponto de vista da economia mundial e intervêm na economia com medidas absolutamente paliativas. Essa gestão não tem capacidade de crescimento, de resposta à crise e não se sustenta”, alertou.

Dilma Rousseff não fez referência a números ao prometer um “pibão” no próximo ano, mas em outras ocasiões já afirmou que um crescimento elevado para o PIB é em torno de 4,5%, 5% ao ano, números que estão bem acima dos alcançados nos dois primeiros anos em que está no Palácio do Planalto.

“Desde que se sentou na cadeira presidencial, Dilma Rousseff vem prometendo entregar bons resultados ao país. Pelo segundo ano consecutivo, a presidente falha. Seu governo acena aos brasileiros com um “pibão grandão”, mas nunca consegue realizar mais que pibinhos pequenininhos. É um futuro que nunca chega”, diz trecho da Carta de Formulação e Mobilização Política, editada pelo Instituto Teotônio Vilela. “Na média dos dois primeiros anos, o desempenho do atual governo chega a ser histórico. Desde Fernando Collor de Mello, 20 anos atrás, o país não ia tão mal num biênio”, destaca o documento.

Para Feldman, a presidente está muito longe da imagem de gestora capacitada e eficiente vendida durante a campanha eleitoral. “Eles têm tentado colocar essa marca e nós não conseguimos identificar onde isso é real. Não é real na gestão da economia, na gestão administrativa, não tem nenhuma prova concreta”, ponderou.

O tucano declarou ainda que o governo do PT não tem personalidade econômica. “Eles não fizeram nada do ponto de vista de transformações, modernizações e alterações necessárias daquilo que foi feito desde o Plano Real. O ex-presidente Lula ganhou os benefícios da mudança da economia realizada pelo ex-presidente Fernando Henrique e deixou a grande marca da corrupção no seu governo”, ressaltou.

“O governo continua longe de formular políticas amplas, articuladas e de longo alcance para aumentar a eficiência nacional e permitir um crescimento mais firme por vários anos”, diz editorial do jornal “O Estado de S.Paulo”.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: /Áudio: Elyvio Blower)