Em busca de melhorias


Nishimori questiona política econômica adotada pelo governo Dilma e cobra reformas

Em pronunciamento feito na tribuna da Câmara nesta quinta-feira (13), o deputado Luiz Nishimori (PR) disse que apesar de o Brasil ser a sexta maior economia do mundo, o país precisa de muitas melhorias para conseguir se desenvolver, progredir e atender a população. O tucano cobrou do governo reformas estruturais.

Segundo o parlamentar, apesar da grande arrecadação do governo por meio de impostos, a sociedade não recebe o retorno. “Entre os 30 países com maior carga tributária, o Brasil é o que apresenta pior retorno na oferta de serviços e bem-estar à população”, afirmou. De acordo com Nishimori, o Brasil é a quinta nação que cobra as maiores taxas de juros reais do mundo. Ele espera que na próxima semana o Congresso vote o texto da reforma política.

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O tucano defendeu também o fim da coligação proporcional, a coincidência dos mandatos e o financiamento público de campanha. “Não é necessária grande revolução, pequenas mudanças já trariam um novo ar à política e poderiam ajustar as eleições e os partidos políticos, além de valorizar mais os votos da população”, cobrou.

Outro ponto destacado por Nishimori durante o pronunciamento foi a falta de investimento na educação. Para ele, o ensino é a base e o futuro da nação. “É preciso investir muito mais no ensino fundamental, que é o início da vida educacional. Com crianças bem preparadas e com boa formação inicial, é muito mais fácil evoluírem como cidadãos e estudantes”, ressaltou. De acordo com ele, é importante desenvolver projetos que ampliem os cursos profissionalizantes para inserir os jovens no mercado de trabalho.

Nishimori demonstrou preocupação com o andamento dos empreendimentos para a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “O que preocupa grande parte da população é como o país dará conta de tantos holofotes. O mundo inteiro olhando para nós e a impressão de que nada está pronto ou bom o suficiente para recebermos tantos visitantes”, questionou.

O parlamentar disse desconfiar da política econômica adotada pelo governo petista, que apenas estimula o consumo. “O fácil acesso ao crédito não é suficiente para garantir o sucesso econômico brasileiro. É necessário adotar uma política estrutural coerente e não tentar costurar uma colcha de retalhos, como tem sido feito”, alertou. Segundo o parlamentar, uma economia não pode ser aquecida apenas com as reduções da taxa de juros e com o aumento de programas de assistência social. Ele acredita ser necessário incentivar e impulsionar a indústria e a agricultura.

Ele informa que, de acordo com dados do Siafi, o governo não consegue investir. “Dos R$ 80 bilhões aprovados no orçamento para 2012, menos de R$ 17 bilhões foram executados até agora. Não temos um projeto político voltado a restabelecer a competitividade da nossa economia, em especial a do setor industrial”, destacou.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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13 dezembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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