Setor falido


Para Valdivino, sistema aéreo brasileiro sofre com falta de infraestrutura

O deputado Valdivino de Oliveira (GO) acredita que o sistema aéreo brasileiro está falido e as companhias aéreas aproveitam a falta de infraestrutura e as falhas no sistema para cobrar os preços altos. A crítica foi feita pelo tucano nesta terça-feira (4), durante audiência pública nas Comissões de Desenvolvimento Econômico, de Turismo e Desporto e de Viação e Transportes na Câmara com representantes do governo, empresas e sindicatos.

Para o tucano, o governo tenta passar uma imagem, mas o que se vê nos terminais é uma maquiagem com a construção de puxadinhos. “O governo apresenta um raio-x que parece maravilhoso, sem nenhum problema na aviação. Mas na realidade temos um conjunto de defeitos que passam pelas empresas, pelo governo e por todo o sistema. O Brasil tem que acordar para o setor aeroviário, porque a cada dia vamos ficando mais distantes dos grandes centros”, afirmou.

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O parlamentar disse ainda que o segmento está ultrapassado e precisa ser remodelado. “Esse é um sistema que no Brasil está falindo. Ou o país acorda para o seu serviço de transporte aéreo ou vamos ter um sistema totalmente falido, que é uma vergonha para um país continental como o nosso”, ressaltou.

Valdivino de Oliveira lembra que a falta de gestão do governo petista faz o usuário sofrer quando tenta viajar de avião. “Qualquer aeroporto do Brasil você encontra superlotação. Atrasos de voos, pouca oferta, passagens caríssimas. Evidente que, com a Copa do Mundo, isso tende a piorar”, frisou. O tucano argumentou que o PT deveria se espelhar no PSDB e fazer um sistema eficiente de privatização ou concessão dos aeroportos, como os tucanos fizeram nas telecomunicações.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gelson Dagmar Fochesatoscar, disse que o governo está na contramão. Segundo ele, o problema do setor é enfrentado tanto em terra como no ar, com a falta de equipamentos modernos de comunicação, a falta de pistas de pouso e decolagem, altas taxas de impostos, além do preço do querosene estar 40% acima do que é cobrado nos Estados Unidos. Participaram da audiência pública representantes da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Ministério da Justiça, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero, TAM, Gol e Azul.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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4 dezembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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