Restrições a produtos


Para deputados, Dilma precisa lutar em defesa dos interesses comerciais brasileiros na Argentina

O líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), e o deputado César Colnago (ES) afirmaram que a visita de Dilma Rousseff à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, prevista para esta quarta-feira (28) enfraquece a relação entre as nações e prejudica os brasileiros, que sofrem com a restrição à entrada de produtos naquele país. Só nos primeiros nove meses deste ano, o Brasil perdeu US$ 3 bilhões com as dificuldades impostas pelo vizinho.

Para Mendes Thame, a presidente Dilma deveria assumir outra postura e lutar em defesa dos interesses comerciais brasileiros. “A Argentina rasga as cláusulas do Mercosul e o Brasil, em lugar de fazer um protesto formal para defender o emprego do trabalhador, vai lá fazer um afago, um gesto de solidariedade para alguém que vem sendo criticada duramente pelo seu próprio povo”, afirmou. Segundo o parlamentar, não é hora de o governo brasileiro contestar as reclamações da população argentina.

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De acordo com Colnago, esse é o momento de Dilma cobrar do governo argentino uma posição de respeito com as relações comerciais. “Que ela possa defender os interesses brasileiros num momento em que as relações bilaterais e comerciais não andam. A visita da presidente deve ser no sentido de defender a nossa economia, os empreendedores, empresários, e evidentemente cobrar da Argentina para que ela cumpra todos os acordos feitos em tempos passados”, apontou.

Na semana passada, a Argentina parou com a realização de uma greve geral em protesto contra o governo Cristina Kirchner. A reação dos argentinos acontece porque a presidente consiste em bloquear as liberdades do povo, como acesso à livre informação e a bens de consumo com o pretexto de salvaguardar o país.

Segundo a revista “Veja”, as restrições incluem compra de dólares, uso de cartões de crédito e a importação de qualquer tipo de produto. Para o argentino viajar ao exterior, é preciso enfrentar um calvário burocrático. Livros e remédios estão caros e escassos. O governo bombardeia o cidadão com propagandas ameaçadoras. Milhares de vagas de trabalho estão sendo fechadas com a fuga de investidores estrangeiros, que estão impossibilitados de importar insumos básicos para a indústria. Os salários se deterioram com a inflação de 25%. Para evitar o desabastecimento, os supermercados estão limitando a duas unidades por pessoa a compra de produtos como azeite, erva-mate e açúcar.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

 

 

 

 

 

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26 novembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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