Em ritmo lento


PIBinho é um retrocesso e revela incompetência da gestão petista, aponta Domingos Sávio

O PIBinho dos últimos anos representa um retrocesso na história do Brasil, na avaliação do deputado Domingos Sávio (MG). A presidente Dilma Rousseff deverá encerrar os dois primeiros anos de seu mandato, o biênio 2011-2012, com o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na média de 2,1%. O resultado é o pior desde o governo Collor. As perspectivas para o próximo ano são bem menos animadoras do que o cenário vendido pelo Planalto.

“O governo do PT reúne alguns ingredientes extremamente nocivos para a saúde econômica do país. É uma gestão que possui incompetência, falta de credibilidade e, o pior de tudo, corrupção. Como é que se pode esperar que o país melhore nas mãos de um governo assim? Estamos vivendo um retrocesso na história do Brasil”, afirmou nesta segunda-feira (26).

Play
baixe aqui

Na opinião de Sávio, a política econômica adotada pelo Executivo é equivocada. “Depois de dez anos no poder, a única coisa boa desse governo é ter preservado os princípios da macro política econômica do Plano Real. Nessa década o PT prejudicou a empresa brasileira, está levando o país à desindustrialização. Essa gestão precisa ser revista e acordar porque quem está pagando um preço muito alto é o Brasil”, avaliou.

O parlamentar considera que o modelo de crescimento da economia deveria priorizar o investimento. De acordo com o deputado, obras importantes para o país estão paradas. “Esse é um governo que quando algo está andando muito rápido, logo a gente descobre que tem corrupção no meio. Aquilo que é para ser tratado com seriedade e responsabilidade, como alguns investimentos do PAC, andam a passos de tartaruga ou não andam, obras faraônicas estão paralisadas”, afirmou.

Os desembolsos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entre janeiro e outubro deste ano foram 14% menores do que no mesmo período de 2011, conforme reportagem do “Correio Braziliense”.

Segundo matéria do jornal editado em Brasília, dados que vêm circulando de forma restrita entre integrantes da equipe econômica mostram que, tanto no ano que vem quanto em 2014, o ritmo da atividade continuará mais para moderado do que para aquecido. E, dificilmente, a média anual de crescimento do PIB durante a atual administração passará de 3%.

Economistas ouvidos pelos principais jornais do país apontam a burocracia, a falta de investimentos e a ineficiência do governo como as causas do PIBinho. “O problema é que, em vez de incentivar o investimento privado, o Planalto o afastou. E sem investimento, não há crescimento sustentado da economia”, afirmou o economista Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do Banco Central, em entrevista ao “Correio Braziliense”. “O único caminho para se desarmar a armadilha do baixo crescimento é por meio de investimentos”, disse o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também ao “Correio”.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
26 novembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *