Atos de desagravo


Tentativas do PT de diminuir julgamento do mensalão não terão resultado, diz Wandenkolk

O deputado Wandenkolk Gonçalves (PA) classificou como irresponsável a declaração do ex-ministro José Dirceu sobre a legitimidade do julgamento do mensalão. “Estava marcado para morrer. Só não fui fuzilado porque no Brasil não tem pena de morte”, apelou o petista. Para o tucano, o braço direito de Lula deveria se envergonhar da condenação por desvio de recursos públicos para corromper parlamentares da base aliada do governo.

“Isso é uma insensatez, uma desfaçatez muito grande. Se a opinião pública concordou com o resultado, ele está na contramão da história. A tentativa é de diminuir o brilho do Supremo, mas não vão conseguir jamais, ainda mais porque isso vem do Dirceu, que ficou caracterizado como chefe da quadrilha”, explicou Wandenkolk.

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No ultimo sábado, militantes do PT promoveram atos em São Paulo em defesa de José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, todos condenados no processo do mensalão. O deputado ressalta que as tentativas do PT de descaracterizar o julgamento não resistirão ao tempo e nem à opinião pública.

“O PT quer tentar se vitimizar, quando sabemos, com provas documentais expostas pelo próprio STF e pelo Ministério Publico Federal, que ficou comprovada a culpa dos réus, em maior ou menor grau. Esse é o PT de agora e é o PT de antes, só caiu a máscara”, afirmou.

Wandenkolk diz não acreditar que o Planalto esteja preocupado com a repercussão dessas manifestações, como foi divulgado pela imprensa. “É a velha história do “me engana que eu gosto”. O PT está todo em conluio nessa questão. Quando tem vivas e glórias a dar, a presidente está junto, mas quando esse mal uso de verbas descaracteriza o partido e compromete a moralidade e a ética, ela avisa que o Planalto está fora. Então por que não demitiu desde o primeiro momento?”, questionou.

O julgamento do processo do mensalão continua nesta semana com a definição das penas dos políticos condenados por corrupção passiva. O Supremo Tribunal Federal (STF) faz hoje (26) a 48ª sessão dedicada ao assunto, depois de quase quatro meses de julgamento. Apenas nove ministros continuam votando após as aposentadorias de Cezar Peluso, em agosto, e Carlos Ayres Britto, no dia 18 de novembro.

(Reportagem: Gustavo Fernandes/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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26 novembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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