Lei igual para todos


Novos ataques do PT ao julgamento do mensalão contrariam instituições democráticas, diz Colnago

Para o deputado César Colnago (ES), os atos de desagravo a mensaleiros programados para as próximas semanas são exemplos de “anticidadania”. Neste sábado (24), deputados federais, estaduais, vereadores, dirigentes, militantes, lideranças sindicais e representantes dos movimentos sociais participam de ato em defesa do PT durante a abertura do 5º Encontro Nacional do Diálogo Petista.

Promovido por militantes do Partido dos Trabalhadores, o ato tem como objetivo denunciar “o julgamento político no Supremo Tribunal Federal (STF), a criminalização dos movimentos sociais e a judicialização da política”, de acordo com o texto da convocatória. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União da Juventude Socialista (UJS) também planejam mobilizações com esse objetivo.

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“O ato do PT contra as instituições da democracia demonstra a ‘ética’ desse partido”, afirmou Colnago. Para ele, a sigla só defende as instituições quando lhe é conveniente, mas quando elas agem com rigor, aplicando a lei de forma responsável, a legenda se posiciona contra. “Querem partidarizar um tema que está acima das diferenças de partidos. Na medida em que os mensaleiros forem sendo denunciados pelo STF e isso desagradar essas pessoas, o PT reagirá dessa forma”, enfatizou o tucano, para quem a atitude desrespeita o Estado democrático.

O mensaleiro condenado João Paulo Cunha esta à frente de outro evento para debater o escândalo de corrupção. A reunião será realizada em Osasco (SP) com a participação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino. A informação é do jornal “O Estado de S. Paulo”. Colnago reprova a insistência do partido em atacar o julgamento e afirma: a lei deve ser igual para todos. “Todos têm o direito à defesa, mas devem cumprir a lei e, se descumprir, ter a punição prevista na legislação.”

Na véspera da posse de Joaquim Barbosa na presidência do STF, Dirceu – condenado a 10 anos e 10 meses de prisão – fez duras críticas a seu algoz. “Vou para a prisão, mas o direito à palavra ninguém me tira”, afirmou durante jantar em sua homenagem em Brasília. O ex-ministro do governo Lula mostrou inconformismo com o julgamento e disse que “o ódio imperou” na decisão de Barbosa. Colnago rebateu as críticas ao ministro e afirmou que a decisão não foi só do relator. Conforme lembrou o deputado, houve um debate e a decisão é do colegiado. “Todos devem respeitar as decisões da Justiça brasileira”, concluiu o parlamentar.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

 

 

 

 

 

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23 novembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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