Pesa no bolso
César Colnago critica excesso de impostos na cesta básica; redução foi barrada por Dilma
A alta carga tributária cobrada pelo governo começa na mesa. Em pesquisa divulgada pelo jornal “O Globo” nessa terça-feira (20), foi constatado que a média de impostos arrecadados nos produtos da cesta básica é de 35%. Isso significa que, a cada R$ 100 comprados no supermercado, pelo menos R$ 35 são exclusivamente para pagar tributos. As porcentagens do arroz e feijão, que são os itens com menor tributação da cesta, correspondem a 17,24% cada. Já o açúcar fica em torno de 32%. Para ter acesso aos produtos básicos de alimentação, os brasileiros estão sujeitos a pagar valores que superam os cobrados em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão.
O deputado César Colnago (ES) destaca que a cesta básica contém itens fundamentais para sobrevivência e por isso é destinada, sobretudo, às pessoas de renda baixa. O tucano ainda frisa a maneira equivocada com que os impostos são cobrados no país – não de acordo com salários e bens individuais, e sim embutidos nos valores de produtos e necessidades. “O Brasil tem uma carga tributária perversa. Os que ganham menos terminam por pagar mais, já que boa parte das taxas é paga em serviços ou artigos, e não proporcionalmente à renda”.
O parlamentar relembra que durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu em reduzir os impostos da cesta básica. Ele ainda questionou o porquê do veto da petista à emenda de autoria do líder tucano na Câmara, Bruno Araújo (PE), à Medida Provisória 563/12. A proposição do tucano zera as alíquotas de impostos desses produtos. Apesar de ter sido aprovada em ambas as casas, a iniciativa, que representaria uma economia de 10% no preço final, foi barrada pelo Planalto.
Assista reportagem da TV 45 sobre o veto de Dilma, que provocou revolta nos consumidores:
(Da Agência PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)
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