Mais conscientização


Deputado defende investimentos em políticas de valorização do pedestre

Mudar o Código de Trânsito Brasileiro para estabelecer princípios de valorização do pedestre. É o que determina projeto de lei do deputado Walter Feldman (SP) apresentado na última semana. O tucano considera fundamental o investimento em políticas públicas de educação em prol de quem é mais vulnerável no trânsito. Para ele, é direito de todo pedestre uma locomoção segura e digna, por meio de equipamentos públicos para garantir fácil deslocamento e acessibilidade. Ainda na avaliação do parlamentar, o governo federal deve proporcionar calçadas adequadas à fácil circulação das pessoas.

O Brasil registra 43 mil vítimas de acidentes de trânsito por ano. Além de provocar mortes e feridos, o problema impacta a economia do país: são milhões de reais em impostos gastos, todos os anos, com tratamento das vítimas de acidentes. Só no Hospital das Clinicas de São Paulo, o número de acidentados com motos aumentou 14% nos últimos cinco anos.

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A gravidade dos traumas também vem aumentando nos últimos anos. Para tratar vítimas graves, o SUS gasta – só no estado de São Paulo – cerca de R$ 57 milhões por ano, segundo reportagem veiculada pelo “Bom Dia, Brasil”. Quem transita a pé nas ruas também está sujeito a elevar as estatísticas da violência no trânsito em virtude dos atropelamentos.

Diante desse cenário, o tucano considera preocupante a forma como o Estado trata o pedestre. Na sua opinião, a atenção que é dada à circulação dos mesmos não é das melhores e está muito longe de ser. “Eles têm o direito de usufruir de calçadas seguras, confortáveis, agradáveis, acessíveis e bem iluminadas”, defendeu.

De acordo com Feldman, a atuação do Poder Público na proteção passa pela elaboração de políticas, programas e ações com esse fim. Não apenas motoristas e agentes de trânsito devem ser destinatários de iniciativas governamentais. Os próprios pedestres merecem ser objeto de políticas voltadas à sua proteção, acredita o parlamentar.

“No sistema de mobilidade urbana não é o pedestre o mais respeitado. Em São Paulo fizemos um trabalho de respeito a essas pessoas, que reduziu drasticamente os números dos acidentes. Foi realizado um trabalho com ensinamentos ao ciclista e ao motorista, entre outros”, ressaltou. É esse o intuito da proposta: valorizar o pedestre e diminuir os índices de atropelamentos.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Marcelo Camargo – Ag. Brasil/ Áudio: Elyvio Blower)

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5 novembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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