Sem planejamento


Kaefer critica novo apagão elétrico e falta de planejamento, coordenação e investimentos

“Faltam planejamento, coordenação e investimentos no setor elétrico brasileiro para possibilitar suas modernização e confiabilidade”. A avaliação é do deputado e empresário Alfredo Kaefer (PR) após a ocorrência do quarto apagão no Brasil de grande proporção desde setembro último e que ontem – ao final da noite – e  hoje – no início da madrugada – prejudicou econômica e socialmente os estados do Nordeste e parte daqueles do Norte.

É a segunda vez nos últimos 35 dias, lembrou o parlamentar, que ocorreu um apagão no Nordeste e Norte brasileiro. Em 22 de setembro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – órgão responsável por administrar o Sistema Interligado Nacional -, houve um problema nas interligações do Nordeste e do Norte com o Sudeste brasileiro que prejudicou o fornecimento de energia elétrica nas duas primeiras regiões.

Kaefer comentou que “a cada apagão, inclusive aqueles ocorridos recentemente no Distrito Federal, os dirigentes públicos do setor elétrico nacional dão uma explicação específica, mas, até agora, ainda não admitiram claramente que a causa básica é a inexistência de planejamento, coordenação e investimentos. Se, eventualmente, eles fizessem isso seria uma crítica dura à incapacidade da ex-ministra de Minas e Energia e atual presidente da República, Dilma Rousseff”.

Faltou também, a seu ver, “autocrítica e prudência da presidente quando, recentemente, ao responder às criticas feitas pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso à herança pesada que recebeu do seu antecessor Lula, Dilma, entre outros fatos, lembrou alguns apagões ocorridos durante o governo do tucano, sem, contudo, ter mencionado que eles foram antecedidos por uma grande seca no Brasil. Mesmo, assim, os problemas na época foram solucionados com planejamento, coordenação e investimentos, inclusive com o uso emergencial de usinas termoelétricas ainda que elas não sejam as mais recomendadas sob a ótica ambiental”.

“A adoção dessa estratégia emergencial – acrescentou Kaefer – vem sendo usada até hoje, mas desde o início do uso dela já houve tempo suficiente para que os sucessivos governos petistas tivessem tornado o setor elétrico brasileiro mais moderno e confiável, mesmo, porque, vão se realizar, nos próximos anos, grandes eventos esportivos internacionais (Olimpíadas, Copas das Confederações e da FIFA). O Brasil está correndo o risco sério de passar pelo mesmo vexame ocorrido recentemente na Argentina, quando um jogo importante entre times brasileiro e argentino foi cancelado por falta de energia. Se isso ocorrer aqui a imagem brasileira será bastante afetada no mundo”.

O deputado lembrou ainda que o setor petrolífero – também estratégico econômica e socialmente para o Brasil – vive hoje problemas resultantes da falta de planejamento, coordenação e investimentos dos sucessivos governos petistas e assinalou que ele também esteve sob a influência da ex-ministra e atual presidente Dilma.

Previu ainda que, por causa desses fatos, vai haver um grande debate sobre o setor petrolífero e o projeto governamental relativo à distribuição de royalties. Ele não está de acordo com as posições de lideranças políticas e empresariais dos Estados e seus Municípios com maior participação nas produções de petróleo e gás natural, destacando-se entre elas as do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

“Os governos desses Estados fazem parte da base de apoio do governo Dilma, mas o estão criticando por causa da proposta de distribuição dos royalties Só no Espírito Santos, segundo Kaefer, calcula-se uma perda anual de R$ 1 bilhão de arrecadação, caso prevaleça a proposta atual petista, que é expressiva diante das necessidades de investimentos em vários setores”, concluiu.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

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26 outubro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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