Amenizar a pena


Para Mendes Thame, STF deve punir condenados do mensalão com o mesmo rigor

O líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), disse nesta sexta-feira (26) que o memorial entregue pela defesa de José Dirceu aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo punições mais brandas é a aceitação de que o petista já foi condenado. De acordo com o jornal “Correio Braziliense”, diante das penas altas impostas ao empresário Marcos Valério no julgamento do mensalão, a defesa do ex-ministro da Casa Civil pede no documento que os magistrados da Suprema Corte considerem o passado do petista como atenuante para as condenações.

Para Mendes Thame, não há motivo para excluir alguém da punibilidade ou tratá-lo de forma menos rigorosa. “Os antecedentes dos réus são levados em conta, não havia necessidade de advogados solicitarem. Bons antecedentes sempre pesam a favor do réu na hora da dosimetria, mas ter lutado contra a ditadura não é motivo. Acho muito difícil, a menos que se tenha um viés político para considerar que isso é uma atenuante”, afirmou.

Play
baixe aqui

José Dirceu, apontado como mentor e chefe do esquema, foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha. Esses dois crimes renderam a Marcos Valério pena de 10 anos e sete meses de prisão. O empresário, considerado o principal operador do mensalão, foi condenado a mais de 40 anos de prisão e multa de cerca de R$ 3 milhões.

De acordo com o líder, o documento é uma tentativa dos advogados de amenizar a pena. “Não há mais discussão quanto ao mérito. Ao discutir a pena, os advogados já estão aceitando o fato de que Dirceu foi condenado”, disse. Segundo o tucano, o rigor do STF deve ser igual para todos aqueles “que tenham demonstrado a mesma intenção de delinquir”.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
26 outubro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *