Desempenho fraco


Crescimento lento da economia afeta geração de emprego, diz tucano

A falta de uma política econômica eficaz no Brasil torna lento o ritmo de crescimento, com consequência automática na queda de empregos formais no país. Setembro, por exemplo, registrou o pior desempenho na criação de vagas com carteira assinada para o período desde 2001. Foram criadas 150,3 mil vagas, o menor número para o período dos últimos 11 anos. Frente a setembro de 2011, que teve saldo de 209.078, a queda foi de 28%. A informação é do jornal “O Globo”.

Para o deputado Vanderlei Macris (SP), falta uma política econômica mais resistente para sustentar o crescimento do país. De acordo com ele, a economia brasileira está perdendo fôlego, o que reflete na baixa de empregos. “Estamos em queda na economia, e isso mostra a incompetência do governo petista em tratar essas questões”, disse.

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Segundo o tucano, a redução de 28% é uma demonstração clara de que a situação econômica mundial continua em recessão. “A própria China dá sinais de queda no seu Produto Interno Bruto (PIB), o que vai  demonstrando que o país, um dos maiores compradores do mundo, especialmente do Brasil, começa a recuar”, disse.

O deputado lembrou momentos de euforia do Brasil, com crescimento de 6% ou 7% do PIB. Para ele, essa era a época de estabelecer regras mais claras do ponto de vista da estruturação econômica, especialmente no que diz respeito à responsabilidade fiscal, mas o país deixou de fazer. “Pelo contrário, estimulou a contratação da companheirada dentro do governo”, completou.

De acordo com Macris, o triste cenário revela, mais uma vez, a incompetência no gerenciamento. “Vamos pagar um preço muito alto por isso. Esse processo vai se deteriorar ainda mais. E quem paga a conta dessa história toda é o emprego no país”, lamentou.

Para o secretário-substituto de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly, a queda no número de vagas reflete o fato de a demanda por trabalho qualificado no Brasil ser maior do que a oferta de profissionais. “O Brasil não se prepara do ponto de vista fiscal e de qualificação profissional. E está pagando caro por isso”, concluiu.

Desempenho abaixo do esperado

→ O maior destaque do emprego com carteira assinada no mês foi a reação da indústria de transformação, que, pelo aumento de encomendas no fim de ano, teve o melhor saldo entre os setores da economia. Com exceção das indústrias de borracha, couro e fumo, as demais tiveram resultados positivos.

→ O desempenho de setores importantes, porém, ficou abaixo do de setembro de 2011. A construção civil teve o maior recuo em contratações (59,26%). Em seguida, ficaram serviços e comércio.

→ Mesmo a indústria de transformação, que em setembro teve a maior taxa de crescimento de empregos formais entre os setores, com 66,1 mil vagas geradas, teve um desempenho pior que no mesmo mês do ano passado. A informação é do jornal “Folha de S. Paulo”.

→ Março foi o único mês em que se geraram mais postos de trabalho do que no mesmo mês de 2011. O mês retrasado, por exemplo, foi o pior agosto para o emprego em nove anos. Para outubro, a expectativa da pasta é criar 140 mil vagas.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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18 outubro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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