Controle da mídia

Macris critica tentativas do PT de restringir liberdade de imprensa

O deputado Vanderlei Macris (SP) criticou os repetidos ataques petistas à imprensa brasileira e a tentativa do governo federal de cercear a liberdade de expressão por meio de um suposto projeto de regulamentação da mídia. Na avaliação do tucano, a gestão do PT quer instalar uma espécie de ditadura no país e calar os veículos de comunicação. Em discurso nessa quarta-feira (17), ele disse que o Partido dos Trabalhadores silenciou-se em relação ao tema durante o primeiro turno das eleições para não atrapalhar seu projeto de poder, mas já reiniciou “um plano de tortuosa censura à imprensa”. Para ele, a obsessão não foi esquecida, apenas adiada.

“Quando passar o segundo turno, o pseudodebate sobre a regulação do setor será novamente prioridade nas articulações escabrosas do PT”, alertou. Em recente entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o secretário de Comunicação do partido, deputado André Vargas, afirmou que essa discussão será retomada exatamente após o segundo turno. Para Macris, o discurso mascara a real intenção da legenda de controlar o que é veiculado pela imprensa.

“A quem atende essa regulação? Somente àqueles a quem interessa acobertar o que, por direito, é absolutamente público. Diferente do que alegam os comandantes petistas, o Brasil não precisa de controle dos meios de comunicação. Precisa dar transparência dos seus atos à sociedade”, apontou Macris.

Para o deputado, a obsessão do PT para controlar a mídia faz parte de seu projeto de poder, pois com uma imprensa livre as irregularidades cometidas por gestores públicos continuarão sendo noticiadas e, nesse caso, o governo é o principal alvo. “A imprensa sabe e conhece o projeto de poder que o PT quer implantar no Brasil. Projeto esse que nada mais é do que uma ditadura como na Venezuela”, destacou.

Segundo o parlamentar, as duras críticas da sigla de Lula e Dilma à imprensa são os mesmos “insanos ataques à oposição e, mais recentemente, ao Supremo Tribunal Federal”. Conforme ressaltou, não foi a oposição nem a mídia quem mentiu em relação ao esquema. “O Supremo também não criou um julgamento fictício sobre os envolvidos no maior escândalo de corrupção deste país ao apreciar o caso”, afirmou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)