Atendimento deficiente


Deputado cobra fiscalização efetiva nos serviços dos planos de saúde

Em pronunciamento, o deputado Antonio Imbassahy (BA) alertou para os problemas da saúde no Brasil, em especial dos planos de saúde, procurados por muitos brasileiros em função do déficit na oferta dos serviços em hospitais públicos. O  parlamentar cobrou da Agência Nacional de Saúde Suplementar uma fiscalização mais efetiva no setor.

“A escassez da oferta e a qualidade dos serviços oferecidos pelo sistema público de saúde contribuíram para o crescimento dos planos de saúde, em especial na Bahia. Contudo, a adesão dos usuários aos diversos planos está longe de ser uma solução para o problema, serviu para agravar ainda mais a situação do setor”, apontou nesta quarta-feira (17).

Play
baixe aqui

Conforme lembrou, mais de um 1,5 milhão de associados, sendo cerca de 700 mil só em Salvador, estão sem atendimento nos hospitais credenciados. “É um número alarmante. A falta de cobertura e a rede de atendimento deficitária das empresas contribuem mais ainda para piorar a doença dos pacientes”, lamentou.

O crescente número de usuários e o descompasso com a oferta dos serviços transformou a satisfação inicial de ter um plano de saúde em dor de cabeça, segundo o deputado. O tucano considera lamentável o cidadão ter que enfrentar longas filas nos prontos-socorros, ausência de leitos de emergência e falta de vagas nas UTIs. Em algumas especialidades, acrescentou, não há sequer profissionais disponíveis.

Imbassahy citou o atendimento às gestantes como outro grave problema. “Não há vaga nas maternidades e, nos últimos anos, mais de 100 leitos deixaram de atender aos planos de saúde na Bahia, agravando ainda mais a situação. Muitas gestantes tiveram que recorrer aos hospitais públicos ou particulares para conceber seus filhos, mesmo já tendo pago as abusivas mensalidades dos planos de saúde”, disse.

Segundo Imbassahy, o próprio Presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, Marcelo Britto, confirma a grave situação. O especialista declarou que “a rede pública não tem condições de suprir as carências deixadas pelos planos, vez que não há leitos para atender a todos.”

Diante do atual cenário, Imbassahy volta a cobrar fiscalização por parte da  Agência Nacional de Saúde Suplementar. “Apesar de todas as evidências de que alguma coisa está fora de ordem, a agência afirma que faz um trabalho permanente de acompanhamento. Os fatos por si só contestam tais declarações. O governo do PT é muito pródigo ao apresentar projetos e fazer uma propaganda de qualidade, mas a realidade difere da propaganda oficial.”

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Valter Campanato/ABr/ Áudio: Elyvio Blower)

 

 

 

Compartilhe:
17 outubro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *