Caos em Viracopos

Milhares foram prejudicados pela incompetência do governo no setor aéreo, critica tucano

O acidente com um avião cargueiro no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), provocou caos no sistema aéreo e deixou em evidência a fragilidade do setor e as falhas na execução do plano de emergência da área. O secretário geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), afirma que o descontrole gerencial do governo federal é o responsável pelos transtornos enfrentados pelos passageiros durante os dias que se seguiram ao incidente. Na avaliação dele, os terminais não têm preparo para suportar quaisquer imprevistos. Nesse caso, foram 46 horas para resolver o problema e 495 voos cancelados.

“Milhares de pessoas foram prejudicadas devido à teimosia, inércia e incompetência do governo Dilma para lidar com os gargalos do país, inclusive no setor aeroportuário”, apontou. Como se não bastasse a morosidade para resolver o problema em Viracopos, agravada pela existência de uma só empresa capaz de remover a aeronave, falhas no check-in eletrônico da Tam causaram atrasos por todo o país.

O alerta feito pelo parlamentar do PSDB é para o descontrole que toma conta do setor. “Falta compromisso com o consumidor e respeito com a população em geral”, criticou, ao avaliar que o caos esperado para a Copa de 2014 já começou.

Diante de todos os transtornos, a presidente Dilma demorou a cobrar alguma atitude dos responsáveis pela área. Só na segunda-feira (15) ela pediu à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que pedisse providências da Anac, Secretaria de Aviação Civil e Infraero. A petista quer saber se o plano de emergência foi cumprido.

“Isso mostra mais uma vez a falta de planejamento do governo federal. A gestão Dilma é simplesmente reativa. Só procura soluções depois que os problemas já ocorreram e ainda assim não consegue resolver”, apontou Castro. Na avaliação do deputado, se o Planalto planejasse melhor suas ações, os sucessivos problemas nos aeroportos seriam evitados e poderiam ter consequências menores. “Com um governo proativo, teríamos outra situação”, destacou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Leonardo Prado/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)