Ideias fantasiosas


Para Mendes Thame, julgamento do mensalão desconstrói mitos da política

Em pronunciamento nessa quarta-feira (10), o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) afirmou que o julgamento do mensalão e a decisiva atuação do Judiciário estão derrubando mitos da política brasileira. São fantasias e ideias falsas, segundo ele, disseminadas por quem quer obter vantagens espúrias à custa do assalto aos cofres do Estado e contra a ética e a moralidade.

O primeiro mito lembrado pelo parlamentar é: “ricos e poderosos estão acima da lei, nunca serão punidos e, portanto, o crime compensa”. Cai por terra essa afirmação, já que maioria dos ministros do STF condenou os mensaleiros do alto escalão do governo Lula. “O PT, que foi um partido fundado com presos políticos, corre o risco de se transformar em um partido de políticos presos”, observou.

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Outra fantasia é a de que o país tem memória curta. Delúbio Soares disse ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, no final de 2005, que o processo do mensalão iria cair no esquecimento e “virar piada de salão”. O julgamento não só mostrou o contrário, como vem ressaltando que o mau uso da máquina pública deve ser condenado veementemente e que os réus desse crime devem ser punidos.

O terceiro mito é: “a sociedade brasileira não se interessa pela punição dos ladrões do dinheiro público. Ele rouba, mas faz”. Pesquisa do Datafolha revela que, para 73% dos 2.500 entrevistados, o julgamento do mensalão deve terminar em condenação e prisão dos principais acusados. Levantamento semelhante, feito pelo próprio PT, coincide com os dados revelados pelo Datafolha. Nesse estudo, 82% dos entrevistados afirmaram que o mensalão foi um esquema de corrupção. Segundo o tucano, os dados das duas pesquisas derrubam a ideia de que o cidadão não está nem aí para a punição de quem rouba seu dinheiro.

“Quem rouba não faz. Não faz porque não sobram recursos. Faltam recursos para a saúde, educação, segurança, habitação, entre outros. Quem rouba deve ser afastado dos cargos públicos, deve ser preso. E os recursos roubados precisam ser devolvidos”, afirmou Thame.

Agora que a máscara petista caiu, é a hora de o PT pedir desculpas à nação pelo engodo a que submeteu todo o país, cobrou o deputado. “Corrupção política é uma coisa só. Não importa se foi para pagar uma pesquisa eleitoral ou para esquiar no Chile. Campanhas corruptas elegem candidatos corruptos. Essa história de dinheiro para uma causa, roubar para uma causa, isso já foi explicado pelo próprio governo Lula e não deveria causar nenhuma surpresa”, disse.

Por fim, Thame enfatizou: a política não muda as pessoas. E completou: “não é a política que gera corrupção. A política gera oportunidades e, assim, potencializa o que as pessoas já são. Se uma pessoa é um salafrário antes de ser eleito, vai ser um salafrário maior depois; se é uma boa pessoa, honesta, antes de ocupar um cargo público, fará desse cargo um instrumento para fazer o bem.”

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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11 outubro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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