“PT não quer justiça social”, por Thelma de Oliveira


A presidente Dilma Rousseff revelou, mais uma vez, a sua face perversa ao vetar a isenção de impostos federais incidentes na cesta básica do trabalhador, prejudicando milhões de brasileiros que dependem, quase que exclusivamente, do feijão, arroz, óleo e outros produtos que os mantem.

Aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, a emenda do líder e deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), estava incorporada à Medida Provisória 563 e retirava da cesta básica a incidência do PIS/PASEP, da Confins e do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados).

Na prática, isso significaria uma redução do preço da cesta básica de 10% a 20%, o que permitira que pessoas que não têm o dinheiro suficiente pudessem comprar e quem já pode comprá-la, adquirir outros produtos. Em outras palavras, os pobres terão menos comida em suas mesas por causa do veto da presidente petista. A pergunta que não quer calar é: porque um governo do PT, que se autoproclama defensor dos trabalhadores pobres e oprimidos veta uma emenda dessas, que obteve o aval do Congresso Nacional?

A resposta é simples: é porque ele não representa e nunca representou aos interesses daquelas que mais precisam do apoio do Estado, do apoio governamental. Que prefere prejudicá-los, às vezes, por pura vaidade ou mesmo soberba. O mais incrível e inacreditável é que o veto tenha ocorrido para evitar que o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) seja identificado como o autor da proposta, através da emenda do líder na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo.

O que reforça essa análise é a decisão da presidente Dilma Rousseff de criar uma comissão de governo, que estudará a isenção de impostos federais para a cesta básica, para apresentar as suas conclusões até o final do ano. O mais estranho no veto presidencial é que meses atrás, em um encontro nacional, o PT definiu como uma das prioridades do seu governo exatamente a desoneração da cesta básica.

O Brasil é um dos países que têm a maior carga tributária sobre os produtos de alimentícios de primeira necessidade. É maior do que países mais desenvolvidos como Alemanha, França e Reino Unido, que possuem uma população mais próspera do que a nossa e que, portanto, precisam de menos apoio governamental.

A decisão da presidente petista reforça o sentimento da população brasileira de que o PT, no Governo, ajuda os poderosos e prejudica os pobres. E que não quer fazer justiça social. O sistema bancário nacional, por exemplo, nunca ganhou tanto nesse país e continua cobrando taxas extorsivas, especialmente nos cartões de crédito, que chegam a 240% ao ano!

A indústria automobilística e a de produtos da “linha branca” (fogão, máquinas de lavar roupa e geladeiras, principalmente) continuam a receber incentivos, como a redução do IPI, enquanto a cesta básica, não. Isso porque o governo petista encontra enormes dificuldades para atender ao povo, enquanto cede às grandes corporações e grupos econômicos, sem dificuldades.

Os governos estaduais tucanos já deram exemplo, em Minas Gerais e em São Paulo, de que a desoneração ou mesmo redução de impostos sobre a cesta básica é perfeitamente possível.

Em Minas, Aécio Neves reduziu a alíquota estadual sobre 36 alimentos e isentou o leite e o pão. Reduziu, ainda, o ICMS do macarrão, iogurtes e óleos, vegetais, queijos e diversos tipos de carnes. Em São Paulo, Geraldo Alckmin já reduziu os impostos da cesta básica até o limite possível de 7%.

Até mesmo os empresários do setor como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) se manifestaram a favor da isenção que, segundo eles, corrigiria uma das maiores distorções do sistema tributário nacional e ainda promoveria justiça social.

Mas isso, a Justiça Social, o PT, definitivamente, não quer. O veto da presidente Dilma Rousseff é só mais um exemplo disso.

* Artigo de Thelma de Oliveira, presidente nacional do PSDB Mulher (Foto: George Gianni/PSDB)

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21 setembro, 2012 Artigosblog 1 Commentário »

Uma resposta para ““PT não quer justiça social”, por Thelma de Oliveira”

  1. Olá pessoa,este jornal não tem partido,gostaríamos de publicar as matérias do PSDB, bem polêmica de encontro ao povo brasileiro.

    Atenção:Neste sábado já estamos publicando a matéria de Telma.

    Atenciosamente,

    Redação/Jornal

    Aracaju/Sergipe

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