Perigos do sódio


Projeto de Jorginho Mello determina uso de embalagens com aviso da quantidade de sal em alimentos

Com o objetivo de reduzir a ingestão de sal pela população brasileira, o deputado Jorginho Mello (SC) apresentou na Câmara projeto de lei que obriga a indústria de alimentos a informar a quantidade de sódio de forma destacada nas embalagens. Passa a ser obrigatória a advertência sobre o perigo do consumo excessivo da substância.

A mensagem deverá conter informação individualizada indicando o teor de sal (alto, médio ou baixo), exceto nos alimentos que o contenham naturalmente. De acordo com o tucano, o sódio é uma importante fonte de regulação da pressão sanguínea e sua deficiência provoca letargia, fraqueza e convulsões. No entanto, o excesso provoca hipertensão, cefaleia, parada respiratória, entre outros problemas.

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Segundo o tucano, a proposta poderá controlar a quantidade da ingestão de sal nos alimentos industrializados. “A hipertensão tem matado muita gente no Brasil. Precisamos fazer algo que atenda a grande maioria das pessoas. O projeto dá uma certa tranquilidade e segurança, fazendo com que todas as embalagens destaquem a quantidade de sal nos alimentos”, ressaltou. O projeto prevê sanções como multas para a indústria alimentícia, caso haja descumprimento da lei.

Jorginho Mello lembra proposta apresentada por ele quando era deputado estadual em Santa Catarina. Como resultado da aprovação do texto, hoje as cantinas das escolas públicas da região só vendem frutas e sucos naturais e alimentos assados. Foram banidos os refrigerantes, salgadinhos e frituras. O projeto tinha o intuito de educar as crianças a evitar a obesidade.

Em abril de 2011, o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia firmaram um termo de compromisso de redução na quantidade de sódio de 16 tipos de alimentos. Produtos como massas instantâneas já começaram a ter uma redução da substância em 30% e, os pães, em 10%. O acordo prevê a diminuição gradativa até 2020.

Dados do Ministério da Saúde informam que o brasileiro consome em média 9,6 gramas de sal por dia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o limite de 5 gramas. A ingestão excessiva de sal está relacionada ao risco de desenvolver doenças como hipertensão, problemas no coração e rins, e câncer.

O jornal “O Estado de S. Paulo” informa que cada 100 gramas de macarrão instantâneo produzido no Brasil apresentam entre 2.036 e 4.718 miligramas de sódio. No Canadá, a média de sódio é de 926,9 miligramas a cada 100 gramas do produto. A fiscalização da quantidade de sal nos alimentos é de responsabilidade do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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20 setembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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