Baixo investimento


Líder da Minoria reprova descaso com saneamento básico e combate às drogas

O líder da Minoria da Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), criticou o descaso do governo do PT com o saneamento básico e com o combate às drogas, durante pronunciamento nesta quarta-feira (19). Na avaliação do deputado, o Executivo não prioriza os investimentos nessas áreas. O tucano destacou dados do Datasus, segundo os quais mais da metade dos leitos de hospitais são ocupados por pessoas que contraíram doenças transmitidas pela água. Para ele, o problema é causado pela falta de tratamento e coleta de esgoto.

No Brasil há um imenso déficit na área, de acordo com o parlamentar. Conforme destacou, dos 8,4 bilhões de litros de esgoto produzidos por dia pela população brasileira, 5,4 bilhões não recebem qualquer tratamento e são despejados diretamente no meio ambiente provocando estragos incalculáveis. “Lamentavelmente os investimentos em saneamento não receberam nos últimos nove anos a atenção que deveriam receber. O melhor investimento em saúde é na prevenção. O investimento em saneamento básico é uma economia imediata nos gastos de saúde pública curativa”, afirmou.

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Segundo o parlamentar, o combate às drogas – especialmente o crack – também é negligenciado. O deputado declarou que o governo empenhou apenas 3,7% dos recursos autorizados para enfrentar o crack neste ano, de acordo com dados do Siafi. Mendes Thame ressaltou também estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que apontou o Brasil como o maior mercado mundial do crack e o de cocaína.

“Milhares de crianças, jovens e adultos se encontram com a saúde praticamente destruída em razão do crack. Enquanto isso, o que o governo federal apresenta são programas de enfrentamento tão tímidos e ineficientes que a sociedade sequer tem conhecimento de sua existência”, disse.

O líder da Minoria citou ainda dados do Ministério da Saúde, segundo os quais há mais de 600 mil dependentes químicos no Brasil. Entretanto, o governo federal dispõe de 74 consultórios de ruas e apenas 4 mil leitos em enfermarias especializadas para o atendimento. O parlamentar considera o cenário vergonhoso. “O combate ao crack e outras drogas precisa contar com o comprometimento sério do governo federal, para que projetos e programas não fiquem apenas no discurso e para evitar que tantas famílias continuem sendo vítimas do vício do crack”, concluiu.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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19 setembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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