PIBinho


Governo admite crescimento tímido da economia e muda discurso político, afirma Azeredo

Depois de insistir em projeções bem acima da média, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu um crescimento tímido da economia em 2012. Os 4,5% alardeados no início do ano estão distantes da nova estimativa de 2%. Para o deputado Eduardo Azeredo (MG), o ministro se rendeu à realidade e mudou o discurso político, que já não tinha mais sustentação. Há pouco mais de dois meses, ele chamou de “piada” a projeção feita pelo mercado internacional de 1,5%, conforme lembrou o jornal “Correio Braziliense” nesta sexta-feira (14). Na avaliação do deputado, a equipe econômica do governo sabia que o país não tinha capacidade para crescer tanto, mas preferiu jogar para a plateia.

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“Eu acredito que tudo foi pensado. O governo anunciou um número maior como uma jogada de marketing para dizer que o país está crescendo muito. Naquela época, o ministro já sabia que seria difícil chegar ao que era projetado, pois o governo não tem mostrado capacidade de decisão na área de investimentos para fazer com que o país cresça mais do que tem crescido”, disse.

Apesar de ter sido reduzida, a previsão da Fazenda continua acima daquela feita pelo mercado financeiro. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, a expectativa mediana do mercado é de crescimento de 1,62% neste ano. Mesmo tendo errado já em dois anos consecutivos, Mantega acredita que medidas como o corte de impostos em determinados setores e a redução da conta de luz garantirão um resultado melhor no ano que vem: 4%. Em fevereiro, o ministro chegou a cogitar 5,5%.

Para Azeredo, dificilmente o país conseguirá atingir um PIB de acordo com as estimativas de Mantega, especialmente devido à incompetência do Planalto para alavancar a economia.

“Uma das características da gestão Dilma é a realidade diferente da propaganda. O governo anuncia uma coisa, mas na prática é outra. Isso acontece com o crescimento do país, com o processo de industrialização, e também com todas as outras áreas. Não é nenhuma novidade”, apontou.

O deputado avalia que falta mais responsabilidade da parte do ministro e do governo com a economia. Ele lembra que, apesar de ser um dos países mais ricos do mundo, o Brasil terá pelo segundo ano consecutivo um crescimento abaixo da maioria das nações latinas e de outras emergentes.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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14 setembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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