Alívio tributário bem-vindo


Kaefer contribuiu para inclusão da agroindústria entre setores beneficiados pela desoneração do INSS

Deve-se ao Legislativo e, em grande parte ao deputado Alfredo Kaefer (PR), o anúncio desta quinta-feira (13) pelo governo Dilma da inclusão da agroindústria, sobretudo dos seus setores avícola e suíno, entre os que também deixarão de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento e passarão a recolher entre 1% a 2% sobre o faturamento.

Em audiência pública, no Senado, com dirigentes dos Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de outros órgãos sobre a Medida Provisória 563 (consubstancia o Plano Brasil Maior, considerado a política industrial do governo Dilma), o parlamentar e empresário paranaense foi o único que questionou a exclusão dela da agroindústria, sobretudo dos seus setores avícola e suíno, que hoje enfrentam dificuldades sérias e cujos preços dos seus produtos estão contribuindo para a alta da inflação.

Na ocasião, o tucano criticou o “dirigismo” governamental que estava beneficiando com a desoneração tributária e outras medidas apenas alguns setores, sobretudo os de bens de consumo, em detrimento de outros tão ou mais importantes para o Brasil como o de alimentos.

Reconhecimento empresarial
A atuação do deputado em defesa dos setores avícola e suíno, ambos expressivos no Sul do Brasil, foi reconhecida pela Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), no Paraná. O presidente dela, Leopoldo Netor Furlan, reiterou a necessidade de Kaefer dar continuidade à busca de “alternativas que possam dar sustentação a um setor dos mais relevantes para a economia paranaense e do país”.

O dirigente explicou que a crise atual resulta, basicamente, da alta de preços da soja e de milho nos mercados interno e externo, devido às quebras de safras nos Estados Unidos por causa da seca. Os derivados desses produtos servem de alimentos a frangos e outras aves.

A ACIC defende, em sintonia com a União Brasileira de Avicultura e outras entidades representativas do setor, “a adoção, com urgência, de medidas governamentais e de um plano de contingência capaz de proteger a cadeia produtiva da avicultura”. A Associação, por meio de carta enviada ao deputado, destacou que “o Oeste do Paraná, com suas cooperativas e empresas de agronegócio, já abateu 1,5 milhão de frangos por dia, sendo que boa parte da produção era destinada ao mercado externo, e gerou milhares de empregos agora ameaçados em dezenas de municípios paranaenses”.

Acrescentou que, “em face à atual descapitalização, o setor aviário enfrenta hoje uma das suas mais sérias e profundas crises. Há produtores que já não conseguem mais alimentar suas aves e frigoríficos com dificuldades para honrar seus compromissos”.

Crise versus otimismo do BC
Kaefer, diante da reivindicação da ACIC e do conhecimento que tem da agroindústria, comprometeu-se a continuar empenhado na luta em defesa de medidas governamentais capazes de reverter à crise atual. Ele discordou do otimismo demonstrado ontem pelo presidente do Banco Central (BC), em audiência pública no Senado, quando Alexandre Tombini considerou transitória a alta de preços de frangos, suínos e bovinos e seus produtos.

A seu ver, o aumento desses preços vai continuar ainda durante os próximos meses e impactar negativamente os índices de inflação porque, entre outros fatos, o governo Dilma ainda não conseguiu transferir seus estoques de grãos do Centro-Sul para as regiões Sudeste e Sul do Brasil, onde se concentra a carência atual de insumos alimentares para os setores produtores de proteínas animais.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

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13 setembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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