Ação insuficiente


Líder: redução na energia é positiva, mas representa “soluço” diante do apetite do governo para arrecadar

“É uma medida positiva, mas muito pouco frente à elevada carga tributária que pesa sobre o contribuinte. É um ‘soluço’ diante do voraz apetite arrecadatório do governo federal”. Foi o que afirmou o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), sobre a redução das tarifas de energia elétrica anunciada pela presidente Dilma nesta terça-feira (11).

O tucano apontou ainda a esperada sanção presidencial à emenda que zerou impostos federais da cesta básica como próximo passo na suposta intenção de reduzir a carga tributária. E lamentou que a presidente prefira repetir mentiras no lugar de admitir sua culpa pelo maior apagão da história do Brasil, ocorrido já no segundo mandato do ex-presidente Lula, em 2009.

Apesar de estranhar que o anúncio de uma medida com grande potencial eleitoral tenha sido feito exatamente quando as candidaturas do PT derrapam, Bruno Araújo considerou positivo o alívio no bolso do cidadão e o estímulo às indústrias – que atravessam um grave processo de desindustrialização desde o início da gestão petista.

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Imposto zero na cesta básica

Araújo afirmou ainda que, se for verdadeira a intenção anunciada pela presidente durante a cerimônia de anúncio da medida de realizar “desonerações expressivas para tornar a estrutura tributária mais justa”, ela já tem em suas mãos uma chance única.

“Desonerar a cesta básica seria o próximo e mais importante passo. No dia 17 próximo vence o prazo para a presidente decidir se veta ou sanciona emenda do PSDB que zerou os impostos federais incidentes sobre produtos da cesta básica”, lembrou. O líder tucano defende que o fato da iniciativa ter sido do PSDB não pode comprometer os beneficiados pela isenção de impostos nos alimentos – exatamente as classes menos favorecidas.

Apagões e mentiras
“A única coisa que não condiz com a importância desta medida é a reiteração da mentira, infelizmente uma prática usual do PT desde os tempos do ex-presidente Lula – como comprova o julgamento da tal ‘farsa do mensalão’, nunca admitida e que o STF comprova não apenas sua existência como condena os envolvidos um a um”, lembrou.

“Não ocorreu apagão algum durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. Foi feito um racionamento e iniciados investimentos de longo prazo justamente para impedir que isso acontecesse. A responsável pelo verdadeiro apagão, já no segundo mandato do Lula, em 2009, foi a própria presidente Dilma – que participou de todas as reuniões sobre o racionamento quando era secretária da área no Governo Gaúcho, assumiu o Ministério de Minas e Energia desde o primeiro mandato de Lula, e mesmo alertada previamente dos problemas de Furnas deixou dezoito estados e 88 milhões de brasileiros às escuras. Ela pode não querer lembrar ou admitir, mas este foi o maior apagão da história brasileira”, esclareceu o líder tucano. “Ela não ‘reconstruiu’ o setor, como afirmou – ela se omitiu e permitiu que o apagão do Lula acontecesse”, completou.

Em 10 de novembro de 2009, o Brasil enfrentou de fato o maior blecaute de sua história. Dos dezoito estados afetados, São Paulo e Rio de Janeiro foram os mais atingidos, embora o alcance da falha tenha sido nacional, do Acre ao Rio Grande do Sul. No total, 45% da energia que estava sendo consumida naquele dia simplesmente desapareceu.

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11 setembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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