Diplomacia


Kaefer pedirá à Câmara extinção da comissão externa sobre brasileiros no Paraguai

Presidente da Comissão Externa da Câmara dos Deputados criada em fevereiro para acompanhar a evolução do quadro que confrontou sem terras paraguaios (carpeiros) e agropecuaristas brasileiros (brasiguaios), o deputado Alfredo Kaefer (PR) pedirá a extinção do colegiado. A decisão é motivada pela pacificação entre as partes, consolidada após o impedimento do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo e a ascensão do seu antigo vice-presidente e atual presidente, Frederico Franco.

A comissão não chegou a ser constituída a pedido do então embaixador do Brasil em Assunção, Eduardo dos Santos, que solicitou o adiamento da indicação de parlamentares para que a chancelaria brasileira pudesse dispor de tempo para tentar solucionar o problema sem a necessidade de participação do Legislativo.

Após participar da audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o parlamentar paranaense disse que a posse de Franco trouxe mais tranquilidade aos brasiguaios, sobretudo aos produtores rurais, porque há um maior respeito à propriedade privada por parte do partido de centro-direita do atual presidente.

Kaefer indagou ao chanceler Patriota sobre a situação dos cerca de 350 mil brasiguaios e o diplomata disse o quadro é de maior tranquilidade, inclusive quanto à legalização do fluxo migratório entre os dois países.

O deputado tucano e outros parlamentares que não fazem parte da base de apoio do governo discordaram da decisão – tomada com o apoio brasileiro – de se suspender o Paraguai do processo de integração da Unasul e do Mercosul seguido do ingresso imediato da Venezuela neste bloco, apesar da posição contrária dos paraguaios. Foram mantidas apenas as relações econômicas entre o Paraguai e os demais países dos dois blocos, sendo que esses são atualmente representados apenas por diplomatas qualificados como encarregados de negócios, em vez de embaixadores que retornaram aos seus respectivos países enquanto os paraguaios não elegerem um novo presidente da República.

Esses fatos, segundo Kaefer, revelam que “o Paraguai está sendo tratado de forma ideológica”, depois do impedimento do ex-presidente Lugo que era mais próximo politicamente dos governos de países da América do Sul, inclusive do Brasil, que lideraram a tomada de decisão favorável à suspensão do Paraguai da Unasul e do Mercosul.

(Da Assessoria de deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

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5 setembro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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