Reuniões suspensas


CPI decide focar esforços em análise de provas documentais

Em reunião interna da CPI do Cachoeira realizada na tarde desta terça-feira (4), os parlamentares que integram o colegiado decidiram suspender as audiências públicas e reuniões deliberativas até as eleições municipais, marcadas para 7 de outubro. Nesse período, deputados e senadores irão analisar documentos e dados enviados ao colegiado. A pausa nos trabalhos tem ainda o intuito de impedir que o processo eleitoral interfira nas investigações e reflete o pequeno avanço com as oitivas já realizadas.

Para o deputado Carlos Sampaio (SP), a decisão foi acertada. “Os depoimentos não estão surtindo efeito devido à obtenção de habeas corpus por parte dos depoentes. Utilizaremos esse período para nos debruçarmos nas provas documentais”, afirmou. De acordo com o tucano, a comissão de inquérito recebeu um enorme volume de novas informações.

Os parlamentares do PSDB defendem a quebra de sigilo de empresas que receberam recursos da construtora Delta, mas que só existem no papel. Ao todo, já foram identificados repasses de R$ 421 milhões a essas firmas fantasma. Caso, sejam aprovados os pedidos já na primeira reunião deliberativa após o período de trabalhos externos, Sampaio avalia que será necessário prorrogar a CPI, que tem data de encerramento marcada para 4 de novembro.

O presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB) afirmou em entrevista coletiva que a prorrogação não deve ser pelo período de seis meses. A decisão e o período devem ser decididos, segundo ele, em outubro. Antes disso, o relator, Odair Cunha (PT-MG), apresentará um pré-relatório contendo suas primeiras conclusões. O senador Alvaro Dias (PR) avaliou, após a reunião, que a prorrogação é inevitável.

(Reportagem: Djan Moreno / Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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4 setembro, 2012 Sem categoria Sem commentários »

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