Economia


Kaefer critica governos petistas por baixo crescimento do PIB

O deputado Alfredo Kaefer (PR) criticou nesta sexta-feira (31) o governo Dilma Rousseff pelo baixo crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro, independentemente do índice escolhido para análise e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBE), órgão governamental e considerado insuspeito. Os índices mostram crescimentos de 0,4%, 0,5%, 0,6% e 1,2%, respectivamente do último 2º trimestre comparado com o 1º de 2012; 2º trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011; janeiro a junho de 2012 comparado com iguais meses do ano passado; e, finalmente, os últimos 12 meses encerrados em junho deste ano contra igual período anterior.

Todos os índices, segundo o parlamentar e empresário com atuação em vários setores, mostram o agravamento do quadro econômico brasileiro, mesmo levando-se em consideração aquele externo também desfavorável nos países desenvolvidos, embora o dos Estados Unidos (epicentro da crise econômica iniciada em 2008) apresente uma pequena melhora, enquanto os dos países europeus enfrentam situação difícil e os dos emergentes apresentam desempenhos variáveis, sendo que os da China e da Índia são mais favoráveis.

Kaefer disse que os governos petistas de Lula e de Dilma, desde o início da crise citada, foram incompetentes em suas políticas econômicas para manter o país crescendo com base em taxas médias satisfatórias de expansão do PIB e dos diversos setores econômicos: Serviços, Indústria e Agropecuário.

Lembrou que, depois de um crescimento de 7% com base na mesma política econômica atual (estímulos tributário e financeiro à produção e consumo de bens duráveis), o aumento do PIB brasileiro caiu para 2,7%, em 2011, e, em 2012, deverá se situar em torno de 1,5%, quando, no início deste ano, as previsões eram de crescimento de, no mínimo, 4,5%. Houve, portanto, segundo Kaefer, um erro enorme de estimativa governamental influenciado pela crença excessiva numa política econômica que já havia se mostrado incorreta no governo Lula, devido à má administração de fatores importantes como juros, câmbio e tributos.

Só recentemente, segundo o deputado e empresário, a administração desses fatores melhorou sem, contudo, ser suficiente para garantir uma reversão do quadro atual e dar maior estabilidade econômica futura ao país. Fatos que, a seu ver, explicam a causa e o efeito econômicos expressos não apenas no baixo crescimento do PIB, mas, também, nos índices negativos de Formação Bruta de Capital Fixo, sendo que o acumulado para o período de janeiro a junho de 2012 é de menos 2,9%.

Para Kaefer, os desestímulos aos investimentos antes concentrados na Indústria (registrou queda de 1,2% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2011) agora se estenderam à Agropecuária (houve redução de 3,0% com base no mesmo índice). Esta queda só não foi maior porque o PIB setorial do segundo trimestre de 2012 cresceu 4,9% comparado com os mesmos meses de 2011, devido, em grande parte, à expansão das exportações de grãos por causa da quebra da produção deles nos Estados Unidos. Porém, em contrapartida à sorte dos exportadores do setor de grãos, os segmentos produtores de proteínas animal, sobretudo o aviário, enfrentam dificuldades por causa da carência e elevação dos preços de derivados de soja e de milho no mercado interno, conforme comentou Kaefer e concluiu:

“O governo Dilma preocupado, até agora, em minimizar a queda do PIB com o estímulo à produção e ao consumo de bens duráveis, sobretudo de veículos, deixou a segurança alimentar de lado, especialmente dos segmentos mais desfavorecidos, com a falta de apoio ao setor aviário. A oferta de frango está se reduzindo e os preços de seus derivados aumentando, sem que haja possibilidade de sua substituição satisfatória para alimentação dos brasileiros porque a proteína aviária ainda é a mais barata no Brasil. Por isso, há necessidade de estímulos governamentais urgentes também para a avicultura.”

(Da assessoria do deputado/Foto: Leonardo Prado – Ag. Câmara)

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31 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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