Queda na produção


Sindiavipar concorda com Kaefer e UBABEF sobre urgência na adoção de medidas de estímulo à avicultura

O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, reiterou hoje a urgência defendida na semana passada pelo deputado Alfredo Kaefer (PR) e pela União Brasileira da Avicultura (UBABEF) quanto à adoção pelo governo federal de medidas de estímulos para reverter a atual queda de produção de frango e o repasse aos consumidores de parte do aumento dos custos de produção do setor. Este, conforme comentaram o parlamentar e os dirigentes das duas entidades, deveu-se à alta dos preços de insumos derivados da soja e do milho devido às quebras de produção desses grãos, sobretudo nos Estados Unidos por causa da seca.

Martins informou que relatório deste mês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos registrou uma quebra de 130 milhões de toneladas na safra de soja e de milho de 2012/2013. Por causa dela e da especulação com commodities, segundo o presidente do Sindicato, foram registrados aumentos de até 80% nos preços da soja e de 40% nos de milho, nos últimos seis meses. Os grãos representam mais de 60% do custo total de produção na avicultura e há necessidade de estímulos creditícios e tributários para reduzir o impacto negativo das altas registradas com os insumos nos caixas das empresas do setor, conforme comentou Kaefer, a UBABEF e o Sindiavipar.

O quadro atual está prejudicando não apenas às empresas, mas, também, os trabalhadores cujos empregos estão sendo reduzidos devido à queda da produção e à necessidade de redução dos custos. A crise atual está, inclusive, ameaçando a liderança assumida pelo setor avícola paranaense no quadro brasileiro.

A avicultura paranaense emprega cerca de 550 mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos, o que representa cerca de 5% da população do Paraná. Martins destaca que, “além de gerar um grande número de postos de trabalho, a avicultura atua efetivamente na distribuição de renda e na fixação o homem no campo. São poucos setores produtivos que conseguem fazer isso tão bem”.

Hoje, segundo o Sindiavipar, o Paraná tem 42 agroindústrias atuando na atividade, entre abatedouros e incubatórios, e mais de 18 mil avicultores integrados. Essas empresas eram responsáveis pela produção anual de mais de um bilhão de cabeças de frango – quase 30% do total nacional e equivalente a mais de quatro milhões de aves por dia -, sem falar que todo o frango produzido no Paraná vinham das granjas de matrizes espalhadas pelo estado.

As 28 indústrias paranaenses habilitadas para exportação vendiam anualmente mais de um milhão de toneladas de carne de frango, injetando na economia do estado cerca de US$ 2 bilhões, com impacto favorável também nas arrecadações paranaense e federal. O primeiro semestre de 2012 manteve o registro de recordes tanto em produção quanto em exportação para a avicultura paranaense, sendo que o segundo semestre poderia apresentar resultados ainda melhores porque, geralmente, concentra os melhores meses para exportação.

Porém, as altas consecutivas dos insumos reverteram as previsões antes favoráveis de produção e exportação do setor aviário. Daí, segundo Kaefer, UBABEF e o Sindiavipar, a necessidade de o governo federal adotar medidas urgentes financeiras, tributárias e outras para evitar o agravamento da situação. Parlamentares de diferentes partidos, inclusive da base governista, têm defendido também a urgência citada, especialmente os de Santa Catarina que ocupa o segundo lugar no ranking do setor avícola depois do Paraná.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

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27 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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