Quadro desfavorável


Kaefer critica alta excessiva de preços de derivados de frango em supermercados de SP

A alta excessiva de preços de derivados da carne de frango em supermercados paulistas, comprovada por pesquisa realizada pela Associação Paulista de Avicultura (APA), foi criticada pela União Brasileira da Avicultura (UBABEF) e pelo empresário do setor e deputado Alfredo Kaefer (PR).

Ela nada tem a ver com os preços que estão sendo praticado pelos fornecedores (frigoríficos e produtores) de frangos e poderão prejudicá-los ainda mais com o possível aumento da retração da demanda, uma vez que eles já estão enfrentado um quadro desfavorável devido à elevação de custos dos insumos, sobretudo de derivados de soja e de milho, devido, basicamente, ao crescimento dos preços desses produtos após a redução de safras nos Estados Unidos por causa da seca.

A APA constatou vendas, em alguns casos, de bandeja de filé de peito a preços para consumidores superiores em até 129% acima daquele de venda da agroindústria em São Paulo. No caso do frango inteiro, a diferença chegou a 139% e no da coxa foi de 146%. O caso que chamou mais a atenção é o do frango a passarinho, cuja diferença atingiu 220%.

O presidente da Ubabef, Francisco Turra, classificou como antiético a especulação em supermercados paulistas, principalmente levando-se em conta que a avicultura brasileira atravessa uma das piores crises de sua história. E acrescentou: “Enquanto empresas e pequenos produtores do setor avícola lutam contra um dramático aumento de custos, alguns estabelecimentos do varejo se aproveitam para explorar o bolso do consumidor”.

Por sua vez, o parlamentar paranaense reiterou suas críticas à demora do governo Dilma em atender às reivindicações feitas pelo setor avícola junto aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), sobretudo aqueles financeiros e tributários para garantir capital de giro às empresas do setor prejudicadas pela alta dos custos.

A mesma crítica foi feita pelo dirigente da UBABEF. Ele informou que, embora venha mantendo contatos diários com o governo federal, sobretudo com o MAPA, “as coisas estão travadas, lentas e a crise exige posições rápidas para não ter consequências ainda mais pesadas”. Francisco Turra referiu-se, evidentemente, à possibilidade de falências de empresas do setor aviário e ao aumento da demissão de empregados.

Além disso, mais um parlamentar da base do governo pronunciou-se também sobre as crises dos setores aviário e suíno. O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) disse que cerca de cinco empresas médias e pequenas de Santa Catarina estão à beira da falência por causa da falta de capital de giro para comprar a saca de milho a R$ 36,00 e a tonelada de farelo de soja a R$ 1.400,00

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

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23 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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