Ligação com Cachoeira


Domingos Sávio apoia abertura de inquérito no STJ sobre governador do DF

O deputado Domingos Sávio (MG) comemorou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de abrir inquérito para investigar a relação do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, com o contraventor Carlos Cachoeira. A pedido do Ministério Público Federal, o ministro Francisco Falcão determinou a abertura da investigação para apurar suposto envolvimento do petista com o esquema operado pelo bicheiro. Licitações na área de transporte coletivo e um contrato com a Delta para a limpeza urbana podem ter sido fraudados, segundo escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal.

“Há muito ainda a ser esclarecido em relação às atividades com suspeitas graves de ilícitos envolvendo o governador Agnelo”, afirmou Domingos Sávio. O deputado destaca que a atuação da Delta no esquema está cada vez mais evidente e a relação do GDF com a empreiteira ainda não foi completamente esclarecida. “A investigação no STJ é uma oportunidade para isso”, avaliou.

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Como destaca o portal “G1”, em maio deste ano o então diretor administrativo-financeiro do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Milton Martins de Lima, foi afastado do cargo após ser citado em conversas telefônicas de Cachoeira.

Em gravação da Polícia Federal sobre negociação para que a empresa assumisse o sistema de bilhetagem eletrônica do DFTrans, Cachoeira cita um servidor do órgão de nome Milton. No telefonema, ele pergunta sobre a bilhetagem eletrônica a um de seus assessores, Gleyb Ferreira da Cruz. Este diz que “Milton aceita” e pergunta se a porcentagem de 50% para cada um no negócio está mantida. Cachoeira pergunta quem é Milton. Gleyb diz que ele é do DFTrans.

Domingos Sávio lembra que o rombo nos cofres públicos causado pela Delta com o serviço de coleta seletiva também é motivo para investigação. Responsável por 70% da coleta no DF até junho deste ano, a empreiteira teria provocado um estrago de pelo menos R$ 7 milhões. Entre dezembro de 2010 e junho de 2011, todos os caminhões da empresa que entravam no aterro sanitário carregados com entulhos eram pesados na base do “olhômetro”, já que a balança que apontaria o valor a ser pago pelo recolhimento não estava funcionando. Mensalmente era cobrado R$ 1,2 milhão pelo trabalho, que depois caiu para R$ 200 mil, quando os aparelhos entraram em ação.

O parlamentar do PSDB lembra ainda que várias suspeitas rondam o governador Agnelo desde sua passagem por órgãos como a Anvisa e o Ministério dos Esportes. “Ainda na época em que estava no governo federal ele vem sendo alvo de denúncias graves e algumas delas nunca foram explicadas”, disse.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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22 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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