Hora de agir


Parlamentares insistem na defesa de medidas emergenciais para os setores aviário e suíno

Parlamentares de vários partidos estão insistindo quanto à necessidade de o governo Dilma Rousseff adotar medidas emergências para reverter as crises nos setores aviário e suíno, provocado, basicamente, pelo aumento de custos de insumos como derivados de soja e de milho usados na alimentação de aves e de suínos. Foram frustrantes, até agora, as reuniões de lideranças representativas do setor, como a  UBABEF, e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com autoridades do Ministério da Fazenda e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento porque ainda não resultaram em medidas concretas.

O último a se manifestar sobre o assunto no plenário da Câmara foi o deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), sendo que seu colega do PSDB do Paraná, deputado Alfredo Kaefer, (foto) foi o primeiro a alertar às autoridades, desde o semestre passado, para a evolução desfavorável do quadro agravado recentemente pelas secas nos Estados Unidos e no Sul do Brasil. Elas reduziram a oferta dos insumos e elevaram seus preços, impactando ainda mais os custos de produção de aves e de suínos. Muitas empresas estão com dificuldades de manter suas produções e empregados, sendo que algumas estão recorrendo à Justiça para obter garantias à sua recuperação judicial para evitar à falência.

Há um consenso, mesmo entre os parlamentares da base de sustentação do governo Dilma como Benedet, que as autoridades brasileiras erraram ao priorizar a adoção de medidas favoráveis ao setor de bens de consumo em vez de se preocupar com a alimentação e a saúde da população brasileira, sobretudo com relação aos segmentos dela mais desfavorecidos.

Esses agora estão sofrendo com o aumento dos preços das proteínas animais diante da impossibilidade de as empresas absorverem os custos crescentes de insumos, cujos preços dispararam nos mercados interno e externo, devido aos problemas climáticos citados. A alta de preços ainda não está afetando os preços da carne bovina devido à conjugação de alguns fatores favoráveis ao setor ao contrário daqueles relativos às aves e suínos.

A “Folha de S. Paulo” de hoje publica uma análise na qual afirma que “o boi, cujos preços estão estáveis, deverá sofrer os tradicionais aumentos a partir de outubro. Entre as três carnes, a bovina é a única que ainda está com valores inferiores ao de igual período do ano passado: menos 6%”.

“Além disso, ainda segundo a mesma análise, se as carnes de frango e suínos mantiverem preços aquecidos, devido ao custo, o pecuarista também vai ajustar seu preço”. E, em seguida, o jornal paulista conclui que, “mesmo que o frango e suínos não subam mais, o boi terá outro patamar de preços a partir de outubro, quando, tradicionalmente, tem caminhado para valores próximos de R$ 100 por arroba. Hoje está em R$ 91,00 em São Paulo”.

(Da assessoria do deputado Alfredo Kaefer/ Foto: )

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22 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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