Direito à informação


Mudança de rito na CPI é necessária para viabilizar audiência com Cavendish, defende Macris

O deputado Vanderlei Macris (SP) defendeu a mudança de rito nas audiências públicas para ouvir depoentes na CPI Mista do Cachoeira. A adoção de um novo procedimento é necessária para possibilitar o interrogatório do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish no próximo dia 29.

Os parlamentares acreditam que ele deve utilizar habeas corpus e permanecer em silêncio. Mesmo assim, deputados e senadores querem questioná-lo sobre as relações da construtora com a organização criminosa. A investigação sobre a atuação da empresa e de firmas laranja tem sido defendida pelos tucanos.

“É frustrante o fato de os depoentes estarem presentes e saírem sem falar nada. O rito tem que mudar. Já existe requerimento com esse intuito e entendo que precisa ser aprovado na próxima reunião”, destacou Macris. Segundo ele, o PSDB já identificou 18 empresas de fachada que receberam repasses da Delta de, no mínimo, R$ 413 milhões.

“O Cavendish virá aqui e precisa ser questionado. Ainda que ele tenha o direito de não responder, a sociedade tem o direito de conhecer tudo o que temos de informação em relação à Delta. Ele precisa ouvir essas perguntas referentes ao que está por trás dessa organização criminosa”, disse.

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O deputado lembrou que na audiência de terça-feira (21) os procuradores da República responsáveis pelas Operações Vegas e Monte Carlo afirmaram que os braços político e financeiro do grupo ainda não foram desmontados. “Enquanto não for desbaratada a organização financeira do crime organizado, teremos dificuldade de desmontar toda essa peça criminosa criada ao longo dos anos para usurpar o dinheiro público”, ressaltou.

Nesta quarta-feira (22), seguindo uma prática já corriqueira na comissão, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, e o ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires foram dispensados após recorrerem ao direito constitucional de ficarem calados. Após a dispensa, os parlamentares iniciaram o debate sobrea mudança do rito das oitivas, mas a decisão só deverá ser tomada na próxima semana.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola / Áudio: Elyvio Blower)

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22 agosto, 2012 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Direito à informação”

  1. Claudio Machado disse:

    Essa CPI ainda existe?
    O Marconi Perillo foi lá e falou e vai ser alvo de um ataque para prejudicá-lo, pois ém um líder em ascensão, e o PT faz tudo para “matar” qualquer liderança de oposição que desponte.
    O cara da Delta vai aí para não falar nada.
    Porque a Oposição não vai para a mídia, convoca várias coletivas pelo Brasil e denuncia toda essa farsa, mostrando que a Delta é a empresa que mais cresceu nos governos petistas, mostrando números em praça pública????
    É PRECISO FAZER ALGUMA COISA DRÁSTICA. CRIAR NOTÍCIA, IR PARA AS PRAÇAS. ANUNCIAR O QUE FARÃO, PORQUE A IMPRENSA TEM QUE NOTICIAR, NEM QUE SEJA A IMPRENSA ESTRANGEIRA. E O POVO ESTARÁ LÁ. ACREDITEM.
    O QUE NÃO PODE É FICAR DO JEITO QUE ESTÁ. E A IMPRENSA ESTÁ DIZENDO TODA HORA QUE NÀO EXISTE OPOSIÇÃO NO BRASIL, QUE A OPOSIÇÃO NÃO FAZ NADA. VAMOS LÁ PESSOAL! SE MEXAM!

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