Desperdício inaceitável

Oposição quer que PGR investigue superfaturamento no Farmácia Popular

O líder da Minoria, deputado Mendes Thame (SP), entrou, nesta quarta-feira (22), com representação na Procuradoria Geral da República para solicitar a adoção de providências em relação às denúncias de superfaturamento nas compras do Farmácia Popular.

Segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, o governo federal paga mais por medicamentos do programa do que municípios. “Trata-se de denúncias que apontam superfaturamento nas compras do Farmácia Popular e a possibilidade de desvio de dinheiro público. Ao gastar mais e comprar menos remédios, o governo diminui a chance de vida dos que esperam nas filas por remédios. Além de um crime contra o erário é um atentado contra a vida”, lamentou Thame.

A denúncia diz que o Ministério da Saúde paga por uma cartela de anticoncepcional vendida no programa até 163 vezes mais do que municípios desembolsam pelo mesmo produto, distribuído gratuitamente nos postos de saúde de todo o país.

Levantamento feito pelo jornal com base em dados de um banco público de compras mostra que o ministério pagou mais por 17 dos 21 itens analisados. A diferença entre o que saiu do caixa do governo federal e o menor preço encontrado no mercado, em compras feitas este ano, ultrapassa meio bilhão de reais (R$ 504,5 milhões).

Mendes Thame solicita da Procuradoria atitude a respeito das denúncias feitas pelo jornal. “Trata-se de mais uma denúncia de ato ilícito do Governo Federal que atinge diretamente o povo e a saúde da população”, condenou.

(Da assessoria de imprensa da Liderança da Minoria/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Elyvio Blower)

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