Gastança desnecessária


Deputado pede convocação de ministro para explicar desperdício de recursos no Farmácia Popular

O deputado Vaz de Lima (SP) apresentou requerimento que pede a convocação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para explicar, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o desperdício de recursos no programa “Aqui tem Farmácia Popular”.

De acordo com reportagem publicada no jornal “O Estado de São Paulo” nesta segunda-feira, a pasta paga por uma cartela de anticoncepcional vendida no programa federal até 163 vezes mais do que municípios desembolsam pelo mesmo produto, distribuído gratuitamente nos postos de saúde de todo o país.

Além disso, a matéria denuncia que o ministério pagou mais por 17 dos 21 itens analisados. “A diferença entre o que saiu do caixa do governo federal e o menor preço encontrado no mercado, em compras feitas este ano no programa, ultrapassa meio bilhão de reais (R$ 504,5 milhões).”

Como destaca o tucano, a denúncia é grave e envolve ainda outros aspectos. O requerimento traz declaração do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Augusto Afonso Guerra Júnior: “Se o governo pode gastar em média dez vezes mais em cada tratamento, porque esse investimento não foi feito antes na própria rede pública?”, questiona.

Além disso, segundo o texto, a ex-coordenadora de assistência farmacêutica no município de Goiânia, a integrante do Conselho Nacional de Saúde Lorena Baia alerta para duplicidade no sistema. “Vários dos remédios encontrados no Farmácia Popular também estão disponíveis para distribuição gratuita nos serviços públicos de saúde. Como não há troca de informações entre os dois sistemas, um paciente pode no mesmo mês receber o remédio no Farmácia Popular e também pegá-lo na unidade de saúde do município. Basta ter duas receitas.”

Diante do desperdício e do descontrole, o tucano quer explicações do ministro.

(Da redação/ Imagem: divulgação)

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20 agosto, 2012 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Gastança desnecessária”

  1. Maria Isabel Mathilde Gonçalves disse:

    Com 74 anos cardiopata,Diabética,Hipertensa,faço uso da farmácia popular e o que me surpreende é cada vez que preciso, acontece algo.Muitas vezes: sistema fora do ar numa determinada farmácia, e em outra normalmente no ar.Quando o médico muda o medicamento(do mesmo nome) porém com outra porcentagem de miligramas.Por exemplo :20mg e o médico passa para 40mg.Não pode.Tem que se voltar ao médico pedindo a troca da receita.PorquÊ??? o mesmo medicamento com o mesmo nome e princípio ativo???só porque mudou os miligramas?Não é burrocracia demais?Dá…mas pela metade.As fitas para medir glicemia, só dão 3 caixas com 50 fitas cada.Caso o médico endocrinologista aumente o número de consultas à glicemia,disseram-me no Hospital Servidores do Estado RJ onde pego, que só me darão 150 fitas quer dizer: 3 caixas de 50; se precisar mais terei que comprar e essas fitas são caríssimas, importadas.Entrei na justiça que me concedeu, mas soube pelo advogado que o Governador do Rio não concedeu.Para quem recebe de aposentadoria R$1.400,00 ao mês…Tomo remédios não fornecidos pela Farmácia Popular e devo compra-los a todos,Contas :luz,telefone,gaz,condomínio, faxineira (sou operada e tenho parafusos nos dois ombros e mais uma prótese total de joelho, não podendo executar o serviço doméstico;alimentação que não está barata,inflação bombando…É de se desistir de viver…

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