Ingerência política


Imbassahy quer esclarecimentos sobre operações comerciais da Petrobras

O deputado Antonio Imbassahy (BA) enviará ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, requerimento pedindo explicações sobre operações comerciais da Petrobras. Em discurso, ele reprovou a ingerência política do governo petista ao colocar a companhia em situação de risco.

O tucano quer justificativas sobre a decisão de investir em refinarias no EUA e no Japão, além das razões que levaram a estatal a desembolsar US$ 1,18 bilhão para comprar uma refinaria norte-americana que teria custado US$ 42 milhões em negociação anterior. Projetos sem planejamento, má gestão, negócios estranhos realizados no exterior e outras anormalidades foram apontadas pelo deputado como as culpadas pelo problema.

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Segundo o tucano, Petrobras adia há anos a construção de refinarias idealizadas no governo Lula: Premium I, no Maranhão, Premium II, no Ceará, e a ampliação do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). De acordo com Imbassahy, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é apontada pela atual presidente da companhia, Graça Foster, como “um exemplo a ser estudado para que jamais volte a acontecer”. Lançada em 2005 por Lula ao custo de US$ 2,3 bilhões, a refinaria teve o orçamento revisado em julho de 2012 para US$ 20,1 bilhões.

“A previsão de custos divulgada pela gestão da presidente da Petrobras eleva o custo por barril refinado para US$ 87 mil, um valor absurdo se considerarmos que o custo internacional por barril situa-se entre US$ 10 mil a US$ 25 mil de refinarias de alta complexidade”, apontou.

O deputado ressaltou a necessidade das refinarias para o desenvolvimento do país por ajudarem no superávit da balança comercial, na geração de empregos e renda, e no desenvolvimento das macrorregiões onde deverão ser instaladas. “Mas, infelizmente, o que se fez foi o uso eleitoreiro dessas obras nos discursos oficiais dos palanques do ex-presidente Lula, do ministro de Minas e Energia e pela então ministra-chefe da Casa Civil e hoje presidente da República, Dilma Rousseff.”

Segundo o tucano, os negócios efetuados pela estatal no exterior para aquisição de refinarias é um tema que precisa ser analisado com cuidado. Uma transação comercial estranha, destacou, foi a compra da refinaria de baixa complexidade no Japão.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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15 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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