Não vete, Dilma!

Emenda do líder do PSDB que zera impostos da cesta básica é apoiada pelo setor industrial

À espera de sanção presidencial, a emenda do líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), que zera tributos em alimentos da cesta básica tem o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Garantir que famílias desfavorecidas tenham acesso efetivo a alimentação diversificada e de qualidade, em quantidade suficiente, é o pilar para que uma nação possa se desenvolver com sustentabilidade”, apontou Paulo Skaf, presidente da entidade.

A proposição foi acatada por unanimidade pelos deputados e ratificada pelo Senado há uma semana. Ou seja, contou não apenas com apoio da oposição, mas também da base aliada. Entre os produtos que ficarim isentos da cobrança do PIS, Cofins e IPI, estão açúcar, biscoitos, café, carne bovina, de frango e suína, margarina, óleo de soja, pães, arroz, feijão, macarrão, farinhas, leite, tomate, batata e banana.

Segundo estudos atualizados pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, se sancionada a medida proporcionará um acréscimo de R$ 22,8 bilhões no valor de produção de todos os setores industriais do país, além de agregar R$ 10,9 bilhões (ou 0,4%) ao PIB nacional.

Assim como os parlamentares do PSDB vem reforçando reiteradamente, Skaf espera que Dilma sancione a medida. Segundo ele, a desoneração beneficiará não somente o setor de alimentos e toda a cadeia produtiva do Brasil, mas principalmente as famílias brasileiras. A Fiesp calcula, ainda, que a perda de arrecadação seria revertida em três anos.

A Fiesp também destaca estudos comprovando que famílias com ganhos inferiores a dois salários mínimos por mês destinam 30% de seu rendimento na compra de alimentos, enquanto as que recebem mais de 25 salários mínimos destinam apenas 12,7% de seus rendimentos com a alimentação.

Segundo vídeo produzido pelo PSDB (assista abaixo), a economia proporcionada pela transformação em lei da emenda será de pelo menos 15%.