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Thame critica excesso de pacotes do governo e lentidão para iniciar privatizações

O líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), criticou o excesso de “pacotes” lançados pela presidente Dilma e a lentidão para iniciar as privatizações de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos, o chamado PAC das Concessões. Previsto para ser anunciado no último dia 7, o novo PAC já foi postergado duas vezes e o setor privado têm dúvidas sobre o retorno financeiro dos investimentos.

Na avaliação do líder, não adianta lançar pacotes e programas com frequência se não há gerência para executar com eficiência. “O governo Dilma não consegue acertar se quer a data para lançar o programa de concessões, que já nasce empacado. A presidente não confia em sua equipe e centraliza pequenas ações prejudiciais ao funcionamento do país. Enquanto isso, milhares de brasileiros sofrem com a falta de infraestrutura, ausência de incentivos tributários e o que é pior: isso tem afastado os interessados em investir no Brasil”, rechaçou.

Segundo reportagem publicada no site da Veja nesta sexta (10), do lado do setor privado, o grande questionamento é a rentabilidade das concessões. “As empresas querem condições normais de mercado. Elas querem uma taxa de retorno compensatória, já que possuem dinheiro para investir”, afirma o economista Raul Velloso, especialista em finanças públicas. No caso das tentativas fracassadas de leilão do trem-bala em 2011 – excluindo-se as questões políticas que envolvem tal negociação –, muitas companhias não aceitaram entrar no projeto por não acreditarem que ele daria o retorno esperado.

Na avaliação de Velloso, com rentabilidade considerada insuficiente pelo mercado, investidores mais experientes acabam desistindo dos leilões e dão espaço a outros que querem fazer qualquer negócio, e acabam se arriscando além da conta. “A experiência da concessão de aeroportos, quando operadores inexperientes ganharam, pode ter ensinado alguma coisa ao governo”, afirma.

Ainda segundo a Veja, a presidente está prestes a assumir o posto de um dos governantes que mais privatizou no país e parece estar cada vez mais claro para ela (ainda que o partido não concorde) que privatizar não é uma ação ideológica – e sim mais um instrumento de gestão econômica como outro qualquer. Mesmo levando um nome distinto (concessões), a ferramenta tem se mostrado útil ao longo da história recente para melhorar o funcionamento de setores que antes eram considerados ‘paquidermes’ – tamanha a ineficiência, corrupção e burocracia que os cercavam, como o elétrico, de telecomunicações e de rodovias.

(Da assessoria/ Foto: Alexssandro Loyola)

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10 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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