Caos na administração


Embate entre governo e servidores em greve prejudica população, criticam deputados

Para os deputados William Dib (SP) e Marcus Pestana (MG), a população é a principal prejudicada pelo embate entre o governo e os mais de 350 mil servidores em greve em todo o país. Para os tucanos, falta habilidade e diálogo na gestão petista. O PT esqueceu o passado e não busca um canal de negociação para dar um fim à paralisação, que provoca transtornos aos brasileiros.

Dib lembra que o PT, especialista em greves no passado, age de forma irresponsável ao fechar o diálogo com os grevistas. Segundo ele, a sociedade está sendo afetada pelo atendimento precário em áreas essenciais. “Isso só pune a população. Quem é penalizado não é o servidor público nem o governo, é o povo que deixa de ter serviços básicos na saúde, na segurança, no transporte. Não se pode punir a todos em troca de uma arrogância de governo, que não aceita dialogar”, criticou.

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Pestana acredita que, com essa falta de diálogo com os grevistas, a administração petista revela uma face que até pouco tempo condenava. “Estão fazendo tudo o que condenavam no passado. E quem sai prejudicado é a população. Setores essenciais como educação, Anvisa, saúde, Polícia Federal, estão parados aguardando uma sinalização. É preciso que haja diálogo acima de tudo e o governo tem sido intransigente. O Planalto revela insensibilidade para lidar com conflitos, com divergências. O viés autoritário acaba se sobressaindo nesse momento”, pontuou.

Há mais de dois meses professores de universidades federais estão parados. Também estão de braços cruzados agentes da Polícia Federal, funcionários do Banco Central, técnicos do Itamaraty, oficiais de inteligência, defensores públicos, auditores da Receita Federal e funcionários de agências reguladoras.

Documento publicado pelo Instituto Teotônio Vilela mostra que o Executivo federal tem se mostrado incapaz de suportar a carga de uma bilionária folha de salários implantada pela gestão petista desde 2003. Hoje, o gasto com pessoal é de quase R$ 200 bilhões anuais. Em 2003, o governo era composto de 485 mil servidores e atualmente esse número é de 573 mil.

Greve do funcionalismo: líder quer do Planalto ação para impedir caos na administração pública

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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9 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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